Líder do bloco Vanguarda, Fagundes relatou que, no dia em que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um almoço com parlamentares da oposição. Segundo o senador, o encontro teve como objetivo demonstrar resistência diante do que considera uma injustiça.
“Nosso principal foco é fazer com que a defesa dele seja considerada dentro da normalidade e não dentro de uma perseguição possível”, afirmou Fagundes. Ele citou como exemplo de excessos na dosimetria das penas o caso de uma mulher condenada por pichação. “É um crime, mas não pode ser considerado com uma pena de 17 anos. Não houve dano ao patrimônio público, apenas uma agressão moral à representação da estátua”, argumentou.
O senador disse ainda que há consenso entre juristas e até entre ministros sobre a necessidade de reavaliar as penas. “Esse primeiro impacto foi exatamente para intimidar, para dizer: ‘olha, nós estamos aqui numa posição de que quem quiser enfrentar terá dificuldades maiores’”, avaliou.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, apresentou ao STF um pedido para que o julgamento da denúncia sobre a tentativa de golpe ocorra no plenário da Corte, e não na Primeira Turma, onde tramita atualmente. Os advogados alegam restrições ao acesso a provas do inquérito e suposto cerceamento da defesa. Além disso, negam que o ex-presidente tenha cometido qualquer irregularidade.
Fonte: Olhar Direto