Política

Wellington critica pressões internacionais e cobra coerência na COP 30: Governo prometeu picanha e cerveja, mas só aumenta impostos

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) criticou as pressões internacionais por regras mais rígidas de produção agropecuária no Brasil e cobrou coerência dos países desenvolvidos às vésperas da realização da COP 30, que ocorrerá em 2025, em Belém (PA). Para o parlamentar, o país já possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, e não pode ser tratado como vilão por nações que historicamente destruíram seus próprios biomas.

“Agora vem a COP, eu espero que ela venha para ajudar, não para atrapalhar o Brasil, que já tem uma legislação rígida”, disse o senador, ao lembrar a construção do Código Florestal aprovado em 2012 após amplo debate com a sociedade. “O Brasil andou. Fizemos muitas audiências, produzimos algo que o mundo deveria elogiar. Mas fomos à Europa e eles querem exigir desmatamento zero. Cada região do Brasil tem sua característica, e a legislação prevê isso”.

A COP (Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU) é um dos principais fóruns mundiais de debate sobre mudanças climáticas. A edição de 2025 marca a primeira vez em que o Brasil sediará o evento, atraindo chefes de Estado e investidores de diversos países. A expectativa é que sejam firmados novos compromissos em torno da neutralidade de carbono, proteção ambiental e financiamento climático.

Mas para Wellington, parte dessas exigências esconde interesses comerciais. “Eles dizem: ‘a lei do Brasil não vale para a gente’. Querem manter a moratória da soja, mas a legislação não pode ser impeditiva para o país se desenvolver. Por isso derrubamos a moratória”.

A moratória a que o senador se refere é um acordo internacional que restringe a compra de soja proveniente de áreas desmatadas na Amazônia após 2008. Embora tenha sido elogiada por ambientalistas, produtores veem o instrumento como uma trava ao crescimento agrícola – especialmente quando somado a novas exigências de rastreabilidade e certificação ambiental impostas pela União Europeia.

Além da crítica aos países europeus, o senador também fez duras acusações ao governo Lula. Segundo ele, o Planalto tem frustrado as expectativas da população ao aumentar impostos e dificultar a vida de quem produz.

“O cidadão quer creche, escola, estrada. Somos brasileiros e ajudamos o mundo porque produzimos alimento. Segurança alimentar é a palavra-chave em qualquer lugar. E o Brasil é quem garante isso. Mas o atual governo prometeu picanha e cervejinha e está só cobrando mais imposto”, afirmou Wellington.

 

Fonte: leiagora

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.