Política

Voto Secreto na Câmara: Botelho adverte sobre influência fácil em Deputados

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O deputado estadual Eduardo Botelho (União) destacou que, sem o voto secreto nas votações de derrubada de vetos, os parlamentares ficam mais suscetíveis a pressões externas. A fala ocorreu em meio às críticas de outros deputados quanto à prerrogativa prevista no regimento interno da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Sobre como votou na polêmica pauta que trata da manutenção de mercadinhos nos presídios, o ex-presidente do parlamento estadual preferiu manter o mistério.

“Existe o momento, com uma derrubada de veto, em que é importante o voto ser secreto para que o parlamentar vote apenas com a consciência dele. Livre da pressão da galeria, livre da pressão do governo, livre da pressão de qualquer lado que seja. Ele vota com a consciência dele, com aquilo que entende ser o melhor”, frisou o deputado.

Diante disso, Botelho foi questionado se, de fato, há independência por parte da Casa de Leis em relação ao Executivo estadual, já que a manutenção do voto secreto seria justamente para evitar possíveis represálias. Ele afirmou que há autonomia, mas ponderou que, sob pressão, muitas pessoas mudam de opinião.

“O voto é secreto. Eu prefiro não revelar como votei, uma vez que, em respeito a todos os outros deputados que votaram, acho melhor que isso seja mantido dessa forma”, disse o parlamentar.

Derrubada de veto

No início deste mês, os deputados derrubaram, com 13 votos favoráveis e 10 contrários, o veto do governador Mauro Mendes (União) ao artigo 19 da Lei nº 2.041/2024, sancionada em janeiro. Com a decisão, ficou autorizada a manutenção dos chamados mercadinhos nos presídios de Mato Grosso, desde que os estabelecimentos comercializem apenas itens essenciais.

A votação foi secreta e surpreendeu a base governista, resultando em uma derrota ao Executivo estadual. O próprio governador chegou a solicitar que o regimento da Casa fosse alterado para que as votações de veto deixassem de ser secretas. Em tom irônico, ele se referiu aos parlamentares que votaram pela derrubada como “13 caboclos”.

A declaração foi rebatida pelo presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), que reforçou a autonomia do Poder Legislativo e a legitimidade da decisão dos parlamentares.

Fonte: leiagora

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