O projeto é alvo de críticas do governador Mauro Mendes (União), que argumenta que os servidores do Judiciário já possuem a maior média salarial entre os poderes. Para ele, o reajuste pode abrir precedentes para que servidores do Executivo, Legislativo, Ministério Público e demais instituições também reivindiquem aumentos, gerando impacto bilionário nas contas públicas.
“Os deputados expliquem depois à população por que os investimentos em estradas, hospitais, segurança e educação foram cortados”, afirmou o governador em entrevistas recentes. Apesar disso, Mauro diz que não irá interferir diretamente na votação, em respeito à independência entre os Poderes.
Na Assembleia Legislativa, a maioria dos deputados declara apoio à proposta, especialmente após a mobilização dos servidores, que têm acompanhado as sessões desde o início da tramitação. Nos bastidores, porém, o clima é de cautela. O receio é de desgaste político com uma base expressiva do funcionalismo público. Com o sobrestamento, no entando, o governo ganha tempo para tentar convencer a base a rejeitar a proposta.
A estratégia que vem sendo adotada por parte dos parlamentares é evitar protagonismo na votação final, empurrando ao Executivo a responsabilidade por eventual veto e pelo embate com a categoria. O projeto continua pendente de segunda votação e, com a pauta trancada pelos vetos, poderá ser adiado por mais uma semana.
Fonte: Olhar Direto






