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Vira-latas são destaque na discussão sobre adoção responsável

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O Brasil dedica o dia 31 de julho à valorização de um dos principais símbolos da diversidade animal urbana: os vira-latas ou cães sem raça definida. Criado para estimular a adoção consciente, combater o abandono e promover o bem-estar de cães e gatos, o Dia Nacional do Vira-Lata, também conhecido como Dia do SRD, provoca reflexões sobre a relação entre humanos e animais que vivem à margem de cuidados básicos.

Data nacional busca conscientizar população sobre a importância da guarda responsável de cães e gatos

Vira latas ganham protagonismo no debate sobre adocao e responsabilidade Pixabay 2

Vira latas ganham protagonismo no debate sobre adocao e responsabilidade Pixabay 2

O número de cães e gatos abandonados no país é expressivo e levanta um alerta de saúde pública e de responsabilidade coletiva. Estimativas indicam que cerca de 30 milhões de animais vivem nas ruas brasileiras, expostos à fome, doenças e maus-tratos. Destes, aproximadamente dois terços são cães. O reconhecimento oficial da data tem como objetivo central chamar atenção da sociedade para a urgência de ações permanentes, como políticas públicas de castração, campanhas de adoção e aplicação da legislação de proteção animal.

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O termo “vira-lata” tem origem na prática comum desses animais de revirar sacos e latas de lixo em busca de alimento, principalmente nas áreas urbanas. Durante décadas, a expressão foi usada de forma depreciativa. Hoje, a designação “Sem Raça Definida” vem sendo adotada como alternativa neutra, mas o nome original persiste na cultura popular, inclusive com um exemplar que se tornou ícone: o “vira-lata caramelo”, frequentemente presente em obras artísticas, memes e campanhas educativas.

Embora não possuam pedigree, os SRDs representam a maior parcela dos cães adotados no Brasil. Levantamentos recentes apontam que mais de 30% dos tutores optam por cães sem raça definida, atraídos não apenas pela aparência, mas também pela relação afetiva construída ao longo do tempo. A adoção de um animal SRD é muitas vezes resultado de encontros espontâneos, geralmente em situações de resgate ou vulnerabilidade.

A legislação brasileira trata o abandono de animais como crime. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, a prática de maus-tratos contra cães e gatos pode resultar em reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição da guarda. Ainda assim, casos de abandono continuam sendo registrados diariamente em todas as regiões do país. Os motivos vão desde dificuldades financeiras até desinformação sobre os cuidados necessários.

Vira-latas ganham protagonismo no debate sobre adoção e responsabilidade

Vira latas ganham protagonismo no debate sobre adocao e responsabilidade Pixabay 1

Vira latas ganham protagonismo no debate sobre adocao e responsabilidade Pixabay 1

A guarda responsável é um dos principais pilares para combater o ciclo de abandono. Isso implica reconhecer que a adoção de um animal exige comprometimento com sua saúde, alimentação, ambiente adequado e acompanhamento veterinário regular. Também são recomendadas medidas de identificação, como uso de coleiras com plaquetas e microchipagem.

Além dos impactos individuais, o abandono de animais pode provocar desequilíbrios ecológicos e disseminação de doenças. Cães e gatos que vivem soltos podem predar espécies silvestres e atuar como vetores de zoonoses. A reprodução descontrolada também contribui para o aumento da população de rua, tornando mais complexa a gestão pública do problema.

Diversas instituições promovem ações permanentes para incentivar a adoção e o controle populacional de cães e gatos. Campanhas de castração, feiras de adoção e programas educativos são algumas das frentes que integram governos, organizações não governamentais e clínicas veterinárias. A adesão da população é fator determinante para a eficácia dessas iniciativas.

No Dia Nacional do Vira-Lata, a mensagem central é clara: animais sem raça definida merecem o mesmo respeito, proteção e afeto destinados a qualquer outro pet. Ao adotar um SRD, o tutor assume um papel ativo na construção de uma sociedade mais consciente, justa e comprometida com o bem-estar animal.

Fonte: cenariomt

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