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Violência psicológica: a raiz dos traumas, vítimas são presas da manipulação

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Christinny dos Santos

Única News

A violência psicológica é a base de todas as outras violências cometidas no contexto domiciliar e também em relacionamentos amorosos. Isto porque, uma vez que há a manipulação, característica básica deste tipo de agressão, a vítima tem dificuldade de cortar laços com o agressor, explicou a psicológica Brisa Rigo, especialista em terapia cognitivo-comportamental.

“A violência psicológica é a base de todas as outras formas de violência: patrimonial, sexual e física. Antes da agressão física, a mulher já passou por um processo de desvalorização emocional. Esse ciclo precisa ser identificado e interrompido antes que a situação se agrave”, explicou Brisa em entrevista a Rádio TRT FM.

Este tipo de violência também é conhecido como gaslighting, termo emprestado do inglês para falar de conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher. Este tipo de abuso é sutil, mas muito comum, a humilhação, manipulação, chantagem emocional podem ocorrer quando O abusador nega fatos ou eventos que ocorreram, mesmo que a vítima tenha certeza de sua veracidade, quando ele nega os sentimentos dela ou inverte a culpa, entre outras microagressões.

“Identificar a violência psicológica é um dos maiores desafios. Muitas mulheres passam anos em um relacionamento abusivo sem perceber. A violência psicológica pode se manifestar por meio de manipulação, controle excessivo, humilhação, comparações, invalidação e agressões verbais. Se a mulher sente medo de expressar sua opinião, ‘pisa em ovos’ para evitar discussões ou sente que está perdendo sua autoestima, são sinais de alerta”, afirmou Rigo.

O abuso psicológico pode ser considerado uma violência doméstica e está previsto no Art. 5º da Lei nº 11.340/2006, a Lei Maria da Penha. “Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”, diz trecho da legislação.

A psicóloga explica ainda que este tipo violência, em uma relação abusiva, pode se tornar um trauma. “O transtorno de estresse pós-traumático é um dos mais comuns. A mulher pode desenvolver ansiedade, depressão, baixa autoestima e dificuldades em confiar em outras pessoas. Muitas vezes, após o abuso, a mulher pode repetir padrões tóxicos em outros relacionamentos, seja como vítima ou reproduzindo comportamentos agressivos”, disse.

Brisa Rigo explicou como a mulher pode sair desse ciclo e buscar ajuda: O primeiro passo é o autoconhecimento e a informação. A terapia é uma ferramenta fundamental para fortalecer a mulher emocionalmente. Além disso, buscar independência financeira é essencial, pois muitas mulheres permanecem em relações abusivas por dependência econômica. Redes de apoio, como grupos terapêuticos e projetos como o Ampara Elas, são importantes para orientar e acolher essas mulheres.

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Fonte: unicanews

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