MATO GROSSO

Violência contra mulheres em MT tem aumento de até 155%: dados alarmantes emergem

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Nos primeiros meses de 2025, Mato Grosso enfrenta uma alarmante escalada na violência contra a mulher, reforçando uma triste realidade que coloca o estado no topo do ranking de feminicídios no Brasil. Os números divulgados pela Superintendência do Observatório de Segurança da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) revelam um salto expressivo de outras ocorrências relacionadas à violência contra a mulher. A exemplo disso, as tentativas de feminicídio tiveram um aumento significativo, passando de 22 para 56 casos, um crescimento de 155%.

O relatório que compreende o período de janeiro a junho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, revela que o Estado enfrenta uma crise que parece longe de ser contornada de violência contra as mulheres.

Somente neste primeiro semestre, Mato Grosso já contabilizou 27 feminicídios, um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 19 ocorrências. Em 2024, foram 47 feminicídios ao longo do ano, um crescimento de 19% em relação a 2023, além de o Estado deixar 92 órfãos.

Esses números evidenciam uma tendência preocupante de agravamento da violência de gênero, que muitas vezes evolui para tragédias irreparáveis, como assassinatos pela condição de serem mulheres. Mas o feminicídio não acontece da noite para o dia; ele resulta de um espiral de situações de violência que culmina na morte das vítimas.

Em Mato Grosso, as estatísticas apontam dados gravíssimos envolvendo outras ocorrências relacionadas à violência contra a mulher. Entre elas, destacam-se os 4.603 registros de lesão corporal no primeiro semestre de 2025, um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2024. Somado está o crescimento de 155% de tentativas de feminicídio no mesmo período.

Além desses dados, as ações de perseguição aumentaram 27%, enquanto ameaças, danos emocionais e outras formas de violência somaram um aumento de 58% nesses primeiros seis meses do ano. 

Na últimas semanas, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), bem como o secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, deram entrevistas em relação aos dados alarmantes. Em seus discursos, os representantes transferiram à sociedade a responsabilidade e colocaram questões sociais como o cerne do problema.

Entre os argumentos citados, foram que a maioria dos feminicídios ocorre dentro de casa e que “não tem como colocar um policial dentro do lar“. 

Apesar dos discursos oficiais, a persistência dessas ocorrências expõe a fragilidade das políticas públicas de enfrentamento ao problema, além de refletir uma resposta estatal que ainda não consegue frear essa escalada de violência.

Clique aqui e veja a tabela de ocorrências que tem como vítimas mulheres de todas as idades, registradas somente no 1º semestre do ano. 

Fonte: leiagora

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