“Se possível e se o povo quiser, vai ser 100% [de escolas cívico-militares]. Eu não acredito que se chegue a esse número, mas a maioria das salas de aulas que nós temos serão transformadas em cívico-militar porque os resultados são inquestionáveis”.
A declaração ocorreu após o caso de uma adolescente de apenas 12 anos que foi espancada a pauladas por suas colegas na Escola Estadual Carlos Huguney, localizada no município de Alto Araguaia, (415 km de Cuiabá).
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou nesta quinta que a escola será transformada em uma unidade cívico-militar.
O secretário de estado de educação, Alan Porto, disse que o grupo de estudantes seguia o código de conduta das facções criminosas e que estava se estruturando dentro do colégio.
“Não foi simplesmente problemas de indisciplina escolar. Foi muito mais do que isso. O que nós vimos ali pela fala do delegado é que existia uma organização que estava se estruturando, onde existia uma estrutura hierárquica, onde você tinha ali uma pessoa que liderava, onde tinha regras que repreensão, de medidas que foram tomadas ali com violência. Então tinha uma organização ali dentro, tinha uma liderança ali dentro que estava tomando decisões de ali cooptar menores dentro da escola”, declarou o secretário.
Em maio último, o governo anunciou que Mato Grosso terá mais 25 escolas cívico-militares. O anúncio foi feito após consulta pública com pais, responsáveis e estudantes, realizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) neste mês de maio, em 28 unidades de 21 municípios.
Em fevereiro deste ano, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) autorizou a implantação do Programa Escolas Estaduais Cívico-Militares, para ampliar o número de escolas nessa modalidade em todo o Estado. Na ocasião, 31 novas escolas cívico-militares foram autorizadas, somando-se às 28 que já estavam implantadas nos últimos anos.
Fonte: Olhar Direto