O deslocamento de oito senadores brasileiros aos para debater as tarifas de 50% impostas por já gerou despesas próximas de R$ 500 mil ao , mesmo sem encontros agendados com representantes do governo norte-americano.
Liderados por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores, os parlamentares participam apenas de conversas com membros dos partidos Republicano e Democrata, sem previsão de diálogo com integrantes do Executivo dos EUA.
O valor inclui R$ 275 mil em passagens, R$ 201 mil em diárias e seguro-viagem, totalizando R$ 476 mil. Durante o recesso parlamentar nos EUA, os senadores planejam focar as tratativas com empresários e lideranças do setor privado norte-americano.
Em missão oficial, todos solicitaram ressarcimento dos gastos, com diferenças nos pedidos: Rogério Carvalho (PT-SE) e Marcos Pontes (PL-SP) solicitaram seis diárias cada um, enquanto Jaques Wagner (PT-BA) requisitou apenas o seguro viagem, e Pontes pediu reembolso apenas de uma passagem interna e da volta.
Além dos já citados, Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Farias (MDB-AL), Carlos Viana (Podemos-MG) e Tereza Cristina (PP-MS) integram a comitiva. O Senado oferece diárias de US$ 629, aproximadamente R$ 3,5 mil, para viagens fora da América do Sul, valor ajustado anualmente.
No domingo 27, o presidente Trump revelou que não pretende adiar as tarifas para além de 1º de agosto, mantendo a medida para parceiros comerciais, incluindo o Brasil.
Na segunda-feira 28, os senadores se reuniram com a embaixadora brasileira Maria Luiza Viotti, o embaixador Roberto Azêvedo e outros diplomatas do Brasil. Também está programado um encontro na Câmara de Comércio dos EUA com representantes empresariais e do Brazil−U.S. Business Council.
Para terça-feira 29, está prevista reunião com pelo menos seis parlamentares dos dois principais partidos norte-americanos. Nelsinho Trad declarou que outros congressistas dos EUA demonstraram interesse e que detalhes sobre a agenda seguem sob sigilo “para que não haja nenhuma interferência no sentido de inibir ou cancelar qualquer agenda previamente marcada”.
Cinco dos oito senadores brasileiros designados para tentar reverter a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos do Brasil reuniram-se no sábado 26 em um hotel, sem interlocutores norte-americanos.
A comitiva, enviada com a missão de buscar negociações, começou os trabalhos com uma “reunião preparatória” entre seus próprios integrantes.
Estavam presentes no encontro os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Marcos Pontes (PL-SP), Tereza Cristina (PP-MS), Esperidião Amin (PP-SC) e Fernando Farias (MDB-AL).
A assessoria de Trad declarou que “a missão busca reabrir canais institucionais entre os Poderes Legislativos do Brasil e dos EUA em meio ao avanço de barreiras tarifárias unilaterais que impactam setores estratégicos da economia brasileira”.
Enquanto os congressistas se organizavam internamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo comercial com a União Europeia. Segundo o mandatário, as tarifas para o bloco europeu serão fixadas em 15%, em troca de investimentos de US$ 600 bilhões, dos quais US$ 150 bilhões serão destinados ao setor de energia.
Fonte: revistaoeste