“A polícia aprofundou as investigações e dizem que, nesses diálogos, não havia só a promessa de dinheiro, alguns empregos, como também até mesmo da distribuição de água e perfuração de poços artesianos [para os eleitores]. Se isso for verdade, caberá à Polícia Federal investigar nesse inquérito. Eu acredito que é um assunto muito polêmico e que caberá à Justiça Eleitoral, que é federal, e à PF prosseguir as investigações e verificar. Por enquanto, eu ainda acredito na inocência dos vereadores”, disse Júlio Campos nesta quarta-feira (12).
A operação da Polícia Federal contra Feitoza e Adilsinho foi deflagrada na manhã de terça-feira (12). De acordo com a PF, a investigação teve início em 6 de outubro de 2024, dia das eleições municipais, quando dois indivíduos foram presos em flagrante pela prática do crime de captação ilícita de sufrágio.
No decorrer das investigações, a polícia identificou que os dois vereadores eleitos utilizavam de promessas de pagamento em dinheiro e até mesmo fornecimento de água, óleo diesel e outros benefícios em troca de votos. A operação desta terça na Câmara de Várzea Grande, nos gabinetes e nas casas dos parlamentares recolheu documentos que possam ajudar nas investigações.
Júlio também disse concordar com o presidente da Câmara, Wanderley Cerqueira (MDB), e o presidente da Comissão de Ética da Casa de Leis, Jânio Calixto (PSD), de que ainda não é o momento de instaurar um procedimento ético contra os vereadores investigados.
Para Júlio, o ideal é aguardar para ter mais elementos probatórios para instaurar as investigações parlamentares.
“O presidente Wanderley e o Jânio não tiveram acesso ao processo, eles não têm nem como abrir um procedimento ético para investigar os dois vereadores. Vamos aguardar. Eu acredito que realmente nos próximos dias, com o prosseguimento do inquérito e com a revelação dos fatos, a Comissão de Ética não terá como fugir da sua responsabilidade”, afirma o deputado.
Fonte: leiagora