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Política

Vereadora critica proposta de acabar com recesso parlamentar em Cuiabá: opinião em destaque

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-A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) se manifestou contrária à proposta apresentada por Mário Nadaf (PV), que pretende eliminar o recesso parlamentar de meio de ano na Câmara Municipal de Cuiabá. Para ela, o debate sobre o tema tem alimentado uma visão distorcida da atuação dos vereadores e estimulado ataques injustificados à classe política.

Em entrevista à Rádio Capital FM, Michelly reforçou que o recesso de julho, atualmente de 14 dias, não representa férias, mas sim uma pausa nas sessões ordinárias, sem que isso implique na interrupção das demais atividades parlamentares. “Desde que assumi, nunca deixei de trabalhar durante o recesso. O que para é o plenário, não o nosso mandato”, argumentou.

A parlamentar ainda lamentou o que classificou como “injustiça seletiva” por parte da população, destacando que o foco da indignação sempre recai sobre os vereadores, enquanto outros poderes seguem com períodos de recesso sem o mesmo nível de cobrança.

“É sempre o vereador que apanha. É uma visão deturpada. Ninguém questiona os benefícios no Judiciário ou a ausência de deputados estaduais durante o recesso. Mas o vereador, que continua atendendo a população, é o alvo preferencial”, desabafou.

Michelly defende que o recesso está previsto na legislação e que seu fim, se aprovado, penalizaria apenas o Legislativo municipal. “Só nós pagaríamos o preço, enquanto os demais poderes continuariam com seus recessos garantidos por lei. Estamos cumprindo a legislação”, disse.

Já o autor da proposta, vereador Mário Nadaf, argumenta que a medida é necessária para corrigir o que considera um “equívoco jurídico”. Segundo ele, a legislação federal que ampara o recesso de meio do ano não se aplica às câmaras municipais, e a manutenção dessa pausa seria inadequada.

Nadaf já havia apresentado projeto semelhante em 2020, que chegou a ser aprovado e colocado em prática. No entanto, a medida foi revogada no ano seguinte, com críticas de que teria sido proposta apenas para fins eleitorais.

Fonte: odocumento

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