Em entrevista nesta quinta-feira (26) na Câmara, ele criticou os termos do acordo, que prevê um repasse mensal de R$ 650 mil da prefeitura à concessionária. Segundo ele, o valor pode chegar a R$ 650 milhões em 30 anos — tempo do contrato –, sem correção monetária. O requerimento de convocação foi encaminhado ao presidente da CPI, vereador Rafael Ranalli (PL).
“O povo de Cuiabá vai ter que passar R$ 650 mil por mês para essa empresa. Enquanto isso, a prefeitura precisa de R$ 500 milhões para asfaltar ruas e melhorar a saúde. Vamos tirar dinheiro do asfalto e da saúde para pagar a CS Mobi?”, questionou.
O vereador também disse que quer a convocação de Emanuel para explicar porque entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para suspender a gratuidade do estacionamento rotativo para idosos e pessoas com deficiência. “Ele fez isso para ajudar a empresa? Tem muitas explicações a dar”.
Ele afirmou que se Pinheiro não comparecer voluntariamente, a CPI pode determinar sua condução coercitiva. “Eu não abro mão [da convocação]. Ele precisa vir aqui na CPI, nem que seja sob vara, ou seja, de forma coercitiva”.
Instaurada por requerimento protocolado na Câmara, a CPI investiga a legalidade e a transparência do contrato firmado entre a Prefeitura de Cuiabá e a CS Mobi, especialmente no que diz respeito ao pagamento mensal de R$ 650 mil feito pelo Executivo à empresa.
A comissão também apura a fiança dada pela Prefeitura em um empréstimo contratado pela CS Mobi junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), analisando os impactos dessa garantia para os cofres públicos.
Fonte: Olhar Direto