A Prefeitura de Várzea Grande vai ampliar o acesso ao método contraceptivo subdérmico, o Implanon, a partir de janeiro de 2026. Ao todo, 11 Unidades de Saúde da Família (USF) do município estarão aptas a realizar a implantação do método, que passou a ser disponibilizado pelo Governo Federal. Para isso, a cidade recebeu 1.074 dispositivos e já iniciou o treinamento dos profissionais que irão atuar na oferta às mulheres.
As primeiras unidades a oferecerem o implante serão as dos bairros Capão Grande — que está com atendimento provisório na unidade do 24 de Dezembro por causa de reforma — e Jardim Glória. O início do atendimento nessas unidades está previsto para a próxima quarta-feira (17), com foco nas pacientes que atendem aos critérios de elegibilidade.
Nesta semana, médicos da rede municipal participaram de uma tarde de formação teórica, coordenada pela equipe da Saúde da Mulher e pelo Programa de Educação Permanente. O treinamento foi ministrado pelos médicos Pedro Ricardo de Almeida e Euziete Soares e abordou o funcionamento do Implanon, o procedimento de inserção, quem pode utilizar o método, as contraindicações e o fluxo de atendimento nas unidades da Atenção Primária.
Segundo Raquel Piccolo, responsável pelo Programa de Educação Permanente, neste primeiro momento a capacitação é voltada aos médicos, que realizarão a implantação do dispositivo. Na segunda fase, o treinamento será direcionado aos profissionais de enfermagem.
A partir de janeiro, todas as unidades da Atenção Primária poderão solicitar a inserção do Implanon e encaminhar as pacientes para as 11 unidades de referência habilitadas para o procedimento em Várzea Grande: USF Nossa Senhora da Guia, USF Cabo Michel, USF Manga, USF Vila Arthur, USF Marajoara, USF Souza Lima, USF São Mateus, USF Manaíra e USF Limpo Grande.
Como funciona o Implanon?
O Implanon é um implante contraceptivo subdérmico inserido na parte interna do braço. Ele libera o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação e garante proteção contra a gravidez por até três anos. O método é considerado altamente eficaz, com taxa de prevenção superior a 99%.
Podem utilizar o implante mulheres e adolescentes de 15 a 49 anos, desde que não estejam grávidas. Antes da inserção, é realizado um exame de sangue Beta-hCG, por meio de teste rápido, para descartar gestação. A aplicação pode ser feita por médicos ou enfermeiros devidamente capacitados, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
Entre as principais vantagens do Implanon estão a praticidade, a longa duração, o fato de não depender do uso diário e a alta eficácia. Já os efeitos colaterais mais comuns incluem alterações no ciclo menstrual, sensibilidade nas mamas, dor de cabeça e pequenos hematomas no local da inserção.
Fonte: primeirapagina






