Em comunicado ao mercado, a Vale anunciou, nesta segunda-feira, 31, que firmou um acordo com a Global Infrastructure Partners (GIP) para estabelecer uma joint-venture na Aliança Energia. A vai receber US$ 1 bilhão em dinheiro e vai manter uma participação de 30% no empreendimento. A GIP vai ficar com o restante da parceria, conforme o comunicado da empresa.
Uma joint-venture (união com risco, em tradução do inglês) refere-se a um tipo de associação em que duas entidades se juntam para explorar alguma atividade, por um tempo limitado. Apesar disso, cada empresa não perde a identidade própria.
Essa transação tem como objetivo assegurar à Vale um volume estratégico de geração de energia, a fim de manter sua matriz elétrica 100% baseada em fontes renováveis no Brasil. “Garante custos de energia competitivos”, destacou a Vale, em seu comunicado. “Com preços definidos em dólares norte-americanos sem ajuste de inflação.”
Em fevereiro de 2025, a agência de notícias Reuters informou que a Vale estava em avanço nas negociações para vender uma fatia majoritária na Aliança Energia para a GIP, além de um complexo solar. No ano passado, a mineradora brasileira adquiriu da Cemig 45% da Aliança Energia, por R$ 2,7 bilhões. Dessa forma, passou a ter 100% do capital da companhia.
Vale derruba o caixa da Cosan

“Infelizmente, fizemos o investimento na Vale”, afirmou Rubens Ometto, em um evento do Banco BTG Pactual, alguns dias antes de a Cosan, empresa que ele preside, publicar os resultados das operações de 2024. O aporte na mineradora fazia parte de um “sonho”, como o próprio empresário definiu. Contudo, .
Publicado em 10 de março de 2025, o balancete da Cosan revela um prejuízo de R$ 9,5 bilhões. De acordo com o documento, aproximadamente R$ 5 bilhões em perdas vieram da participação na mineradora. É um quadro bem diferente de um ano antes, quando a empresa liderada por Ometto gerou um lucro de R$ 1 bilhão.
Fonte: revistaoeste