A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) instruiu seus funcionários em Washington, D. C., a destruírem documentos sigilosos por meio de trituração e queima.
Essa medida ocorre em meio a desafios legais enfrentados pela administração de sobre o fechamento da agência.
A ordem foi comunicada por e-mail enviado por Erica Carr, secretária-executiva interina da Usaid. Aproximadamente 40 funcionários receberam a mensagem, que orientava o uso de trituradores e, quando indisponíveis, sacos de queima.
Detalhes sobre a ordem
A destruição de documentos sigilos (também chamados de “classificados”) é comum em emergências, como ataques a embaixadas, mas a atual diretiva preocupa ex-funcionários e grupos diplomáticos.
O ato ocorre enquanto opositores do fechamento da Usaid acionam a Justiça para interromper a prática. Eles alegam que isso pode afetar a agência caso o litígio avance.
Um relatório determinou que o governo norte-americano só poderá destruir documentos depois de notificar os contestadores, permitindo análise judicial. A lista dos documentos já eliminados será divulgada até quarta-feira 25.
Segundo um oficial, a maioria dos arquivos descartados é “conteúdo de cortesia” de outras agências, sem relevância para litígios. A medida visa a liberar espaço para a alfândega e proteção de fronteiras.
A Associação Americana de Serviços de Relações Exteriores teme a perda de registros essenciais para litígios sobre contratos e subsídios da Usaid.
, ex-assessor jurídico do Departamento de Estado, ressaltou que essa prática fora de emergências não é padrão. Ele citou uma decisão judicial que impede o bloqueio de fundos internacionais e destacou a importância de preservar registros sobre autorização e alocação desses recursos.
Ações contra a Usaid

A administração Trump tem reduzido a força de trabalho da Usaid e tomado medidas para fechar a agência. Em fevereiro, placas da sede da Usaid foram removidas, e funcionários tiveram um breve período para recolher seus pertences do local.
Kel McClanahan, diretor do National Security Counselors, observou que a destruição de documentos não infringiria a Lei de Registros Federais se tudo estivesse digitalizado. Ele questionou a razão pela qual documentos guardados em cofres estão sendo destruídos.
McClanahan sugeriu que a ação parece uma tentativa de eliminar evidências que poderiam contradizer a narrativa do governo. Ele também contatou os Arquivos Nacionais com pedido de suspensão da destruição dos documentos.
Fonte: revistaoeste