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Universidades nos EUA começam a eliminar a cultura ‘woke’: entenda o movimento

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Na Ășltima semana, uma grande universidade dos EUA deu o passo inicial para remover a cultura woke de seus processos seletivos e educacionais. A Universidade da VirgĂ­nia (UVA) proibiu o uso de polĂ­ticas de diversidade, equidade e inclusĂŁo, conhecidas pela sigla DEI, em faculdades em todo o Estado.

Outra prestigiada universidade, Columbia University, entrou no radar, depois que , em razão da falta de uma política efetiva para conter o antissemitismo no campus. 

Os casos das duas universidades foram o foco de um editorial do de sexta-feira 7. “As universidades não são mais um espaço seguro para violar leis de direitos civis”, afirma o jornal.

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No caso da UVA, o conselho universitĂĄrio aprovou um plano que remove as polĂ­ticas de DEI das “admissĂ”es, contrataçÔes, promoçÔes, compensaçÔes, auxĂ­lio financeiro, bolsas de estudo, prĂȘmios
 disciplina, moradia, cerimĂŽnias de formatura e todos os outros aspectos da vida estudantil, acadĂȘmica e no campus”. As polĂ­ticas DEI levam em consideração critĂ©rios como gĂȘnero, “identidade sexual” e raça ao contratar funcionĂĄrios e admitir estudantes.  

“O objetivo Ă© garantir que a UVA cumpra a Constituição e a Lei dos Direitos Civis de 1964”, explica o WSJ. “Esta Ă© uma grande mudança para a UVA.”

O governador republicano da Virginia, Glenn Youngkin, chamou a decisĂŁo de “um grande passo para restaurar as ideias e os pilares de Thomas Jefferson e da universidade que ele fundou, que todos sĂŁo criados iguais, que nĂŁo teremos discriminação ilegal, que restauraremos a oportunidade baseada no mĂ©rito”.

O WSJ afirma que a Universidade da VirgĂ­nia tem se dedicado totalmente ao DEI e lembra que em 2020, a Racial Equity Task Force da instituição pediu US$ 950 milhĂ”es para iniciativas de equidade racial. Em 2021, a UVA tinha 6,5 ​​funcionĂĄrios do DEI para cada 100 professores, de acordo com um relatĂłrio de Jay Greene e James Paul da Heritage Foundation. Em março de 2024, o Open the Books relatou que a UVA estava gastando US$ 20 milhĂ”es por ano para 235 funcionĂĄrios do DEI, informa o WSJ.

A decisĂŁo da UVA vem na sequĂȘncia da decisĂŁo da Suprema Corte dos Estados Unidos, de 2023, que considerou inconstitucional a polĂ­tica de cotas adotada por universidades norte-americanas. Os juĂ­zes entenderam que as cotas ferem a igualdade prevista na 14ÂȘ Emenda Ă  Constituição.

Desde entĂŁo, pelo menos 11 Estados, incluindo FlĂłrida, Tennessee, Iowa e Idaho, aprovaram leis restringindo as polĂ­ticas DEI. O Texas aprovou uma proibição de DEI em 2023, mas as escolas reorganizaram a equipe em posiçÔes que buscam os mesmos objetivos. A faculdade de medicina da Universidade do Texas manteve o reitor para equidade em saĂșde, em clara afronta Ă  lei. 

Em 26 de fevereiro, os senadores estaduais do Texas Brandon Creighton e Paul Bettencourt disseram que bloquearão aumentos de financiamento até que as escolas se submetam à legislação.

O editorial do WSJ também lembra que na sexta-feira o governo de Trump cancelou cerca de US$ 400 milhÔes em subsídios e contratos federais para a Columbia por não proteger os estudantes judeus da discriminação. A Columbia foi o marco zero dos protestos antissemitas no campus na primavera passada, e nesta semana os protestos eclodiram novamente na escola e no vizinho Barnard College. A polícia fez vårias prisÔes.

“A sanção contra Columbia Ă© um aviso a todas as escolas de que elas correm o risco de perder fundos se praticarem ou tolerarem discriminação”, afirma o jornal, e conclui: “Virginia Ă© sĂĄbia em agir primeiro”.

Fonte: revistaoeste

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