O cartaz Summer Arts in the Parks, de Andy Warhol, a litografia Romeo and Juliet, de Salvador Dalí, a pintura Hut on the Shore, de Carlos Carrà, e a escultura Coniglio, um coelho feito com chiclete, de Michele Savini, pertencem a movimentos artísticos diferentes, mas têm em comum o fato de terem sido recuperadas do crime organizado italiano e estarem sendo expostas no Palazzo Reale, em Milão.
A exposição SalvArti exibe em ordem cronológica uma coleção com mais de 80 pinturas, artes gráficas e esculturas da primeira metade do século XX até o começo dos anos 2000. São trabalhos de Giorgio de Chirico, Lucio Fontana, Mario Schifano, Keith Haring, Enzo Cucchi, Robert Rauschenberg e outros artistas.
Ver essa foto no Instagram
Houve duas operações para resgatar as obras do crime organizado, que costuma utilizá-las como moeda de troca no tráfico de drogas e armas. Em uma sala, estão cerca de 20 peças que foram recuperadas de um chefe da máfia ‘Ndrangheta em 2016, na Calábria – como as litografias de Dalí e a pintura Piazza d’Italia, de Giorgio Chirico.
As demais obras foram confiscadas após a descoberta de uma fraude fiscal relacionada a uma rede internacional de lavagem de dinheiro, que foi desmantelada em 2013. A exposição também apresenta recortes de jornais e vídeos das autoridades italianas recuperando as peças.
A exposição já passou pela Casa Museo Hendrik Christian Andersen, em Roma, e depois da temporada no Palazzo Reale, que vai até 26 de janeiro, segue para o Palácio da Cultura, em Reggio Calabria, capital do coração da máfia ‘Ndrangheta, de 8 de fevereiro a 27 de abril. Depois, o plano é que as obras sejam distribuídas entre os museus da Itália.
Serviço
SalvArti
Quando? Até 26 de janeiro de 2025. De terça-feira a domingo, das 10h às 19h30, exceto quinta-feira, quando funciona das 10h às 22h30. Fechado às segundas-feiras.
Quanto? Entrada gratuita.
Onde? Palazzo Reale – Piazza del Duomo, 12, Milão.
Fonte: viagemeturismo
