Neurotransmissores são substâncias produzidas pelos neurônios (células nervosas) e liberadas nas sinapses nervosas, que nada mais são do que os espaços existentes entre essas células. Ali, os neurotransmissores exercem a função de mensageiros, com características excitatórias ou inibitórias, de acordo com nossas necessidades e vão transmitindo informações de neurônio a neurônio em milésimos de segundos, direcionando nosso comportamento.
Confira abaixo o vídeo de Marcos Estevão:
Os neurotransmissores são muitos e dentre os mais conhecidos estão a serotonina, a noradrenalina, a dopamina, a endorfina e outros. Os neurotransmissores são substâncias químicas magníficas, que percorrem as células nervosas, dentro do emaranhado cerebral. Utilizam estradas, que se conectam feito labirintos, por meio de ruas de dupla mão, algumas de mão única e raras ruas sem saída.
Há sempre um neurotransmissor líder no desempenho de uma função e este carreia os demais. Em outra atividade, este mesmo neurotransmissor já não é mais líder, é liderado, carreado por outro. É uma verdadeira harmonia, que mantém o equilíbrio do corpo e da mente e os torna um só. Mas, às vezes, esse equilíbrio é ameaçado ou até interrompido, desajustando a atividade mental e, consequentemente, o corpo todo.
O cérebro é uma miniatura, talvez o protótipo do universo, onde cada pedaço deve estar devidamente colocado e em sintonia com os demais. Caso contrário, ocorre o caos. Há sóis e luas, estrelas e satélites, mas não esqueçamos de que os asteroides são as pedras do caminho, que bloqueiam nossas estradas, interrompendo nosso trajeto ou nos obrigando a fazer outro percurso para evitar a explosão do cosmo cerebral. O problema maior não são as pedras que estão no caminho, mas aquelas que nós mesmos colocamos.
Somos como nossos neurotransmissores, queremos estar juntos, às vezes apenas de alguns e distantes de outros, no fundo queremos mesmos é ser líderes. Queremos ganhar a corrida. Aí sim, deparamo-nos com as pedras que jogamos no caminho e com aquelas que já são naturais de cada percurso. Constatamos que não há como transpô-las sem ajuda de outros. Falhamos por isso, inúmeras vezes em nossa caminhada.
Assim somos nós, os seres humanos, destruímos o que já nos vem feito e perfeito, construído sob medida para nós. Modificamos a trajetória por mera vaidade, desorganizamos nosso universo cerebral, algo que só o homem é capaz de fazer, porque é o único ser vivo hábil para viver o eu e seu contrário, de ser humano e ser desumano.
Se vivêssemos em paz e em harmonia uns com os outros, independente de nossas diferenças, daríamos menos trabalho aos nossos neurotransmissores, teríamos nosso cosmo cerebral equilibrado, sem riscos, ou pelo menos com menor risco de implosões e explosões e, certamente, a humanidade seria mais humana e mais feliz.
Fonte: primeirapagina