A MetSul Meteorologia, renomada empresa gaúcha com mais de 551 mil seguidores no Twitter/X, recentemente fez um desabafo público. A ação foi motivada depois de a equipe receber críticas por suas previsões meteorológicas precisas, durante a crise ambiental no Rio Grande do Sul.
“Permitam-nos um desabafo” declarou a empresa. “Sempre, absolutamente sempre, trabalhamos com muita vontade e com máximo afinco para informar vocês. Mas ninguém, ao menos quem não seja sádico, tem prazer em informar desastre e muito menos em prever.”
O texto ainda ressaltou que seus próprios integrantes sofrem com a catástrofe.
“Vocês acham que neste momento não gostaríamos de estar prevendo sol por semanas?” Em seguida, a empresa prossegue. “Todos os nossos estão fora de casa. Cem por cento da empresa. Pior, alguns dos nossos perderam seus lares por completo e não poderão viver por meses onde criavam seus filhos até a semana passada.”
A declaração contundente ressalta o desejo dos funcionários de verem logo as águas baixarem e as chuvas diminuírem o grau do desastre.
“Saibam que todas estas previsões que temos divulgado, que quase só trazem más ou péssimas notícias nestes dias, temos escrito com profundo enojo”, destaca a postagem, ao ressaltar que as previsões são divulgadas “exclusivamente por dever de ofício e profissionalismo.”
Dificuldades enfrentadas pelos integrantes da empresa com o desastre
Este desabafo foi uma resposta às adversidades enfrentadas não só pela população, mas também pessoalmente pelos. Eles também sofreram com perdas significativas devido às chuvas e enchentes.
A empresa reforçou seu compromisso de continuar a fornecer informações precisas, apesar das “circunstâncias desafiadoras e do impacto emocional de suas previsões”.
“Não será nesta semana ou na próxima que vamos retomar um mínimo de normalidade”, ressalta a MetSul. “Será um processo bastante longo, difícil, sofrido e muito penoso, mas que, por óbvio, será mais curto se a natureza ajudar, os gestores públicos forem eficientes, e o nosso sentido comunitário e de vizinhança falar mais alto com solidariedade e apoio àqueles que precisam de ajuda em nossas cidades.”
Fonte: revistaoeste