A dor de garganta por estresse é um tipo de condição que muitos de nós já experimentamos em algum momento. Rouquidão, sensação de nó na garganta, dor ao engolir… Muitos desses desconfortos podemos ter quando passamos por um daqueles momentos em que há muitas preocupações, pressões sem fim e pouco tempo para calma e descanso.
Às vezes, negligenciamos (ou desconhecemos) as múltiplas maneiras pelas quais o estresse ou a ansiedade afetam a saúde. Estamos atentos aos sintomas emocionais e cognitivos, como angústia, opressão, problemas para tomar decisões ou focar a atenção… Agora, às vezes, não associamos esse problema de insônia ou essa dor de estômago a esses estados psicológicos.
Isso significa, por exemplo, que vamos ao médico a em busca desse medicamento para aliviar a tosse, o ressecamento e a dor de garganta. Dizemos a nós mesmos que será um resfriado ou talvez uma alergia. Ignoramos que o que perturba a mente por dias ou semanas acaba aderindo também ao corpo e até às cordas vocais.
Dor de garganta por estresse: a que se deve e o que podemos fazer?
Cada dor de garganta nos coloca em alerta. A clássica coceira ou inflamação nos assusta porque pode ser a origem de uma doença viral. Resfriados e gripes são geralmente a causa mais comum. As alergias, por sua vez, também desencadeiam essa condição. Já a dor de garganta por estresse pode nos surpreender porque não existe um fator viral ou alérgico específico. O que desencadeia esse desconforto é um estado psicológico.
Como pode ser? Entendemos o estresse como aquele esgotamento mental e físico causado por demandas que estão além de nós e que não podemos controlar. Sabendo disso, como essa sobrecarga mental pode levar, por exemplo, a uma faringite ?
Tensão muscular (disfonia)
Este dado é interessante. A disfonia é um distúrbio que afeta o timbre da voz. De repente, temos rouquidão ou uma tonalidade um tanto estranha. Além disso, sentimos desconforto, como quando gritamos muito e sentimos uma garganta inflamada e cansada.
É interessante saber que a disfonia pode aparecer em situações de alto estresse. Às vezes, o simples ato de falar em público pode causar isso.
Estudos como os realizados na Universidade de Missouri-Columbia, por exemplo, indicam que a origem está na tensão muscular dessa região da garganta. Níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, estariam por trás dessa situação.
Quando você tem dificuldade para engolir
Você já sentiu um nó na garganta? Falamos dessa sensação em que de repente temos dificuldade para engolir a saliva e até sentimos como se algo estivesse obstruindo a faringe. Ocorre em estados intensos de estresse ou ansiedade. São situações em que o cérebro nos prepara para fugir ou enfrentar um estímulo perigoso e ameaçador.
Para fazer isso, o que ele faz é bloquear processos relacionados à digestão ou deglutição. Por exemplo, prioriza-se levar mais oxigênio aos músculos das extremidades e reduzir tarefas como a produção de saliva. Tudo isso deixa a garganta tensa, dificulta a deglutição e até nos dá uma certa sensação de afogamento. São situações mais extremas.
Dor de garganta devido ao estresse e alterações em nossa respiração
Uma dor de garganta por estresse também pode ser resultado de uma mudança na respiração. Quando passamos por esses momentos de maior intensidade fisiológica, angústia, preocupação e pressões externas, costumamos vivenciar o seguinte:
- Temos uma tendência maior de respirar pela boca na tentativa de obter mais ar. Isso torna a garganta seca e dolorida.
- Estados de estresse duradouros geralmente levam a distúrbios do sono. Algo comum é sofrer taquicardia, respiração acelerada… Também nessas horas noturnas é comum acabar respirando pela boca de tal forma que é comum sofrer irritações, ressecamento e desconforto.
O que podemos fazer para evitar essas situações?
Todas essas alterações que se originam de estados como estresse ou ansiedade requerem basicamente mudanças no estilo de vida. A dor de garganta causada pelo estresse é apenas um sintoma, a manifestação de algo que devemos atender, cuidar e administrar. Vejamos, porém, algumas estratégias:
- Detecte fontes ou situações estressantes e tome decisões. Pequenas mudanças podem significar grandes vantagens para o seu bem-estar.
- Preste atenção aos seus pensamentos e tome consciência daquelas ideias cansativas, negativas ou irracionais que aumentam o seu bem-estar.
- Aprenda novas técnicas para resolver problemas. Evite, acima de tudo, que o que o preocupa hoje ainda esteja presente amanhã e depois de amanhã.
- Aplique técnicas de relaxamento e respiração (como a técnica de respiração profunda ou diafragmática).
- Descanse o suficiente, cuide da sua higiene do sono.
- Pratique algum esporte, mantenha-se ativo. O exercício aumenta a resistência e o tônus muscular. Isto permite-nos não só ganhar em bem-estar, como também melhorar a nossa respiração.
Outras causas não infecciosas que causam dor de garganta
Por outro lado, é importante levar em consideração alguns hábitos diários que causam dor de garganta sem a presença de um fator viral ou alérgico. Bem, se eles adicionam uma carga de estresse elevada, podem atrapalhar o tratamento adequado da condição. Idealmente, você deve levá-los em consideração e tentar evitá-los. Segundo estudos, essas causas podem ser:
- Fumar. Tanto os próprios fumantes quanto as pessoas expostas ao fumo passivo (fumante passivo) correm maior risco de dor de garganta. Além disso, pessoas com altos níveis de estresse usam o cigarro como forma de se acalmar. Desta forma, o melhor é procurar outras formas de relaxar.
- O ronco também está associado a altas frequências de dor de garganta, embora a direção da causa nem sempre seja clara. Uma vez que, uma alta frequência de dor de garganta é um fator de risco para o ronco e vice-versa. Nesses casos, a dor de garganta pode estar associada à apneia obstrutiva do sono em adultos. Se você sofre de ronco, consulte seu médico para identificar a melhor solução.
- Gritos e voz alta podem causar dor de garganta, de acordo com profissionais que exigem o uso (e excessivo) da voz no trabalho. Por exemplo, instrutores de aeróbica e professores escolares relatam uma maior incidência de dor de garganta. Nesses casos, o ideal seria identificar ferramentas que auxiliassem na redução dos danos à garganta.
O mais adequado em todos os casos é ir primeiro ao nosso médico e descartar problemas virais, inflamações ou alergias. Caso esse desconforto seja uma constante em momentos de estresse, não hesite em usar essas dicas ou consultar um profissional especializado.
Fonte: amenteemaravilhosa
