Até 2027, a Califórnia (EUA) planeja legalizar a compostagem humana, processo no qual os restos mortais de pessoas são transformados em adubo orgânico. Enquanto a legislação não muda no Estado, alguns residentes já encontram maneiras de sepultar seus parentes de forma “ecologicamente correta”
É o caso de Blaire Van Valkenburgh, norte-americana que enviou o corpo de seu marido para Washington, onde a compostagem humana é legal desde 2020. O relato da viúva foi feito ao Los Angeles Times.
De acordo o depoimento de Blaire ao jornal, só foi possível transportar o corpo do marido para outro Estado porque funerárias da Califórnia estão se associando a serviços de Washington para oferecer o serviço.
“A Clarity Funerals and Cremation, uma empresa familiar em Anaheim, associou-se à Return Home para fornecer um pacote para residentes do sul da Califórnia interessados em compostar seus entes queridos em Washington”, informou o LA Times.
Legislação e motivações
A ex-deputada Cristina Garcia, que propôs a lei na Califórnia, compartilhou sua motivação: “Eu amo o ar livre e quero ser uma árvore após minha morte”. Garcia desejava uma data anterior a 2027, mas teve de concordar com o pedido do Bureau de Cemitérios e Funerais do Estado por mais tempo para estabelecer regras e padrões.
“Eu não queria correr o risco de não ser aprovado”, explicou a parlamentar ativista.
Katrina Spade, pioneira da compostagem humana, destacou em 2016, em um depoimento ativista das causas ambientais: “A verdade é que o último gesto que a maioria de nós fará nesta terra é tóxico”.
Segundo os simpatizantes do método, somente por meio dele o corpo humano já “não libera gases de efeito estufa e não consome recursos naturais”.
Fonte: revistaoeste