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Top 17 cidades para fãs de futebol: destinos imperdíveis ao redor do mundo

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O 19 de julho é reconhecido como o Dia do Futebol no Brasil, uma data em homenagem ao Sport Club Rio Grande, time gaúcho fundado em 1900 que ostenta o título de clube mais antigo do país ainda em atividade.

Ainda que muitos países tenham datas diferentes para a efeméride, consagrou-se o 25 de maio como o Dia Internacional do Futebol. Para quem é fã da bola e dos estádios, sempre é tempo de comemorar e viajar ao exterior permite conhecer lugares marcante para o esporte.

Confira algumas das cidades mais futebolísticas do mundo, que merecem um mergulho na cultura dos torcedores locais e uma visita ao estádio mais próximo.

1. Montevidéu (Uruguai)

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Centenario guarda em seu interior o Museu do Futebol (Marcelo Campi/CC/Flickr)

Nenhuma lista do tipo pode começar sem o lugar onde a primeira Copa do Mundo foi disputada. Em 1930, Montevidéu foi o palco de todos os jogos, com o Estádio Centenario – ainda hoje um dos maiores da América do Sul – sendo construído especialmente para o evento. O campo, que recebe os jogos da Seleção Uruguaia, também conta com um museu do futebol.

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Apesar de humilde, Estádio Olímpico do Rampla Juniors passou a entrar em roteiros futebolísticos “alternativos” por Montevidéu pela peculiaridade geográfica: um dos lados do campo é aberto para a Baía de Montevidéu (Rampla Juniors FC/Divulgação)

Outra boa pedida para apreciar a história é o Parque Central, casa do Nacional, também utilizado na Copa de 1930. Mas até estádios muito menores rendem uma visita interessante – caso do curiosíssimo Estádio Olímpico, do Rampla Juniors, que de olímpico não tem nada, mas conta com uma vista panorâmica para a baía da capital do Uruguai.

2. Buenos Aires (Argentina)

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Bombonera é passeio clássico para quem visita o bairro de La Boca (Prensa TV Pública/Wikimedia Commons)

A capital argentina é um prato cheio para amantes da bola, concentrando mais de 50 clubes profissionais em sua área metropolitana. Visitar o bairro do Boca Juniors e a Bombonera é um dos programas mais clássicos para quem vai à cidade, assim como o renovado Monumental de Núñez, do rival River Plate, convertido no maior estádio sul-americano desde a ampliação em 2023.

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Tomás Ducó, do Huracán, foi destaque em famosa cena de cinema (Club Atlético Huracán/Divulgação)

Mas, em uma cidade com tantos times, até quem sai do roteiro mais batido encontra um jogo ou estádio interessante. No bairro de Parque Patricios, por exemplo, chama atenção o pouco visitado Tomás Adolfo Ducó, estádio do Huracán, cuja fachada rendeu o apelido de “palácio” – o estádio aparece em um famoso plano-sequência de O segredo dos seus olhos, filme argentino que levou o Oscar de produção estrangeira em 2010.

3. Cidade do México

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Palco das finais das Copas de 1970 e 1986, Azteca sediará também a abertura do torneio em 2026 (ProtoplasmaKid/Wikimedia Commons)

Não tem erro: na capital mexicana, o lendário Estádio Azteca é a visita que não pode faltar no roteiro. Em renovação para receber mais uma Copa do Mundo – em 2026, quando o México co-sediará o evento com Estados Unidos e Canadá, o Azteca deve ser palco do jogo de abertura – esse campo tem no “currículo” a primazia de ser o local de consagração definitiva de Pelé e Maradona, campeões por ali em 1970 e 1986, respectivamente.

4. Londres (Inglaterra)

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Atual Wembley fica no mesmo lugar do estádio original, erguido em 1923 (Hullian111/Wikimedia Commons)

A exemplo de Buenos Aires, a capital do país onde o futebol moderno surgiu é outro destino repleto de estádios e clubes profissionais – a cada final de semana, muitos jogos acontecem espalhados por Londres, terra de gigantes como Arsenal, Chelsea e Tottenham. Mesmo sem uma partida rolando, uma parada imperdível é Wembley, o gigantesco estádio reinaugurado em 2007 no mesmo lugar do original homônimo, que existiu entre 1923 e 2003. O estádio é palco tradicional das finais das copas nacionais da Inglaterra e dos jogos da seleção.

5. Manchester (Inglaterra)

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Old Trafford é um dos palcos mais famosos do futebol britânico (Chris Morgan/Wikimedia Commons)

Por muito tempo, Manchester era mais famosa entre os amantes do futebol por causa do United, historicamente o clube mais bem-sucedido da cidade. Seu estádio Old Trafford existe desde 1909, ganhou o apelido de Teatro dos Sonhos e ainda é o grande atrativo local. Mas, com a explosão do rival Manchester City em anos recentes, muita gente também passou a conhecer seu Etihad Stadium, inaugurado em 2003.

Além dos estádios, apaixonados por futebol que visitam essa cidade industrial encontram outro atrativo imperdível: é em Manchester que fica o National Football Museum, considerado o maior dedicado ao esporte no mundo.

6. Liverpool (Inglaterra)

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Os Shankly Gates fazem referência ao famoso lema do Liverpool (Rodhullandemu/Wikimedia Commons)

Quem visita a terra dos Beatles e também gosta de futebol tem uma escala certa em Anfield, casa do clube que leva o nome da cidade. Mesmo em dias sem jogos, um dos pontos mais fotografados de Liverpool é o portão em frente ao estádio: é sobre os Shankly Gates que aparece, em letras douradas, o lema da equipe, “You’ll Never Walk Alone” (você nunca andará sozinho), verso da canção adotada pelos fanáticos locais para empurrar o time vermelho da cidade.

7. Glasgow (Escócia)

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Vestiário da Seleção Escocesa no Hampden Park, em Glasgow. Local é considerado o primeiro “estádio nacional” do futebol mundial (Scottish Football Museum & Hampden Stadium Tour/Divulgação)

Glasgow é famosa mundialmente por uma das rivalidades mais antigas do planeta bola: Celtic e Rangers duelam no Old Firm, um clássico que reúne o maior número de títulos nacionais do país e acontece desde 1888.

Mas, embora os dois clubes tenham estádios próprios que valem uma visita (o Celtic Park e o Ibrox), o campo mais famoso da cidade é o Hampden Park, um estádio neutro que tem o museu do futebol escocês, recebe os jogos da seleção local e também é a sede do hoje humilde Queen’s Park. O clube, que foi uma potência no século 19, é considerado um dos inventores da troca de passes no futebol – até então, o mais comum era que um jogador pegasse a bola e seguisse correndo até tentar o gol, sem tocar para os companheiros.

8. Milão (Itália)

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Também chamado de Giuseppe Meazza, San Siro ganhou a atual arquitetura icônica na Copa de 1990 (Ivan Stesso/Wikimedia Commons)

Compartilhado por Milan e Internazionale, o San Siro é provavelmente o estádio mais reconhecível da Itália. Embora tenha sido inaugurado em 1926, o campo deve sua arquitetura icônica – com grandes torres circulares rodeando a estrutura e sustentando o teto – às reformas feitas para sediar a Copa do Mundo de 1990. O espaço também conta com um museu celebrando a história do futebol local.

9. Nápoles (Itália)

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Quartieri Spagnoli é a “Meca” maradoniana em Nápoles (Argo Navis/Wikimedia Commons)

Uma viagem para terras napolitanas é uma imersão na cultura futebolística que vai além de uma visita a um jogo. Alçado à fama mundial nos anos 1980 por Diego Maradona (que agora dá nome ao próprio estádio local, antes conhecido como San Paolo), o Napoli e seus torcedores seguem celebrando o craque argentino, e são inúmeros os murais e “pontos de peregrinação” espalhados pela cidade exaltando o camisa 10, sobretudo no pitoresco Quartieri Spagnoli, um dos bairros mais procurados por turistas.

Nos últimos anos, o Napoli vive uma espécie de renascimento, tendo conquistado seus primeiros títulos nacionais desde a época de Maradona, e as referências ao time local estão ainda mais fortes pelas ruas da cidade.

10. Paris (França)

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Ascensão do PSG ressignificou Paris como uma cidade que também é do futebol (Tim L. Productions/Unsplash)

Por muito tempo, Paris passou longe de listas de grandes capitais do futebol europeu. Mas o sucesso cada vez maior do PSG, finalmente consagrado campeão da Europa em 2025, mudou essa história. Além de conhecer o Parque dos Príncipes, onde a equipe joga, quem visita a capital francesa pode fazer facilmente uma esticada até Saint Denis, na região metropolitana, e ver também o Stade de France – maior campo do país, casa prioritária da seleção e palco da final da Copa do Mundo de 1998.

11. Munique (Alemanha)

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Inaugurado para as Olimpíadas de 1972, o Estádio Olímpico de Munique foi o primeiro palco esportivo a usar vidro e acrílico em larga escala em sua cobertura (Sandro Halank/Wikimedia Commons)

Há duas coisas que tornam Munique mundialmente conhecida: a Oktoberfest local e o sucesso do Bayern, com muita sobra o maior campeão do futebol alemão. Além dos jogos da equipe na impressionante Allianz Arena, construída para a Copa de 2006, a cidade também conta com o Estádio Olímpico, campo erguido em um belo parque verde para receber os Jogos de 1972, e que também acabaria sediando a grande decisão da Copa do Mundo de 1974.

12. Istambul (Turquia)

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Estádio do Besiktas, com um panorama de Istambul ao fundo (Thomas Berwing/Wikimedia Commons)

Para quem deseja mergulhar de cabeça em uma cidade marcada por torcidas fanáticas, Istambul não deixa a desejar. São três clubes gigantes dividindo as paixões locais, cada um com seu estádio: você pode conhecer o Ali Sami Yen, do Galatasaray, o Sükrü Saracoglu, do Fenerbahçe, ou ainda o Besiktas Stadium, do clube homônimo. A cidade também conta com o Estádio Olímpico Atatürk, palco das finais da Champions League de 2005 e 2023.

13. Barcelona (Espanha)

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A fachada palaciana do Olímpico de Montjuïc, em Barcelona (Enric/Wikimedia Commons)

Terra do maior estádio de futebol da Europa, a capital catalã passou os últimos dois anos “desfalcada” do Camp Nou, que segue em obras. Mas a espera está próxima do fim: a lendária casa do Barcelona, por onde desfilaram craques como Cruyff, Maradona, Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e Lionel Messi, tem previsão de voltar à ativa em 10 de agosto, mas só deve estar 100% concluída no ano que vem. Também vale muito visitar o museu da equipe azul e grená.

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Renderização mostra como Camp Nou deve ficar quando reforma estiver concluída. Reabertura total do maior estádio da Europa só deve ocorrer em 2026 (FC Barcelona/Divulgação)

Quem passa por Barcelona pode ainda fazer uma visita ao Estádio Olímpico de Montjuïc, a bela sede dos Jogos de 1992, que por anos foi casa do rival Espanyol – e recebeu o próprio Barcelona durante a reforma do Camp Nou. Montjuïc conta com outras atrações esportivas herdadas das Olimpíadas, como o Palau Sant Jordi, ginásio onde a Seleção Brasileira de vôlei masculino foi campeã naquela edição.

14. Madri (Espanha)

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Em nenhum outro lugar você vai ver tantas taças da Champions League reunidas: o Real Madrid venceu 15, e expõe todas as versões do troféu em seu museu no Santiago Bernabéu (Daniel from Calgary/Wikimedia Commons)

Se o Real Madrid é o clube mais vitorioso do mundo, uma passagem por seu museu é inescapável para quem quer ter contato com a miríade de troféus da equipe merengue. O tour pelo Santiago Bernabéu em dias sem jogos ganhou atrativos a mais em anos recentes, dando a oportunidade de conhecer os modernos sistemas adotados pelo estádio – como um inédito gramado retrátil com vários andares subterrâneos – após a reforma concluída em 2024.

15. Casablanca (Marrocos)

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Vídeos virais das torcidas marroquinas ajudaram a tornar Casablanca famosa entre os boleiros. Cidade estará na Copa do Mundo de 2030 (Mustapha Ennaimi/Wikimedia Commons)

Descendo um pouco no mapa, uma ida até o Marrocos dá a oportunidade de conhecer outras torcidas famosas pelo fanatismo e espetáculo nas arquibancadas. Casablanca, cidade do Raja e do Wydad, é o epicentro de algumas das maiores festividades do esporte no Norte da África, que frequentemente viralizam na internet.

O palco local ainda é o Estádio Mohamed V, mas nos próximos anos a cidade – uma das sedes da Copa do Mundo de 2030 – deve ganhar um impressionante campo com capacidade para 115 mil pessoas, com previsão de abertura em 2028.

16. Johanesburgo (África do Sul)

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Famoso pela conexão com o rúgbi, Ellis Park também recebeu jogos da Copa de 2010 (Leglo09/Wikimedia Commons)

Se o Marrocos se prepara para receber jogos da Copa do Mundo, quem já fez isso no continente é a África do Sul. Por lá, o legado do torneio de 2010 tem mais elementos em Johanesburgo, a cidade mais populosa do país e que teve dois estádios utilizados no Mundial. O maior deles, que também foi palco da grande decisão, tem um nome bem apropriado: Soccer City.

No entanto, quem vai a Johanesburgo faz bem em incluir o outro grande campo da cidade no roteiro. Também usado na Copa de 2010, o Ellis Park deve a maior parte de sua fama a outro esporte: foi lá que a África do Sul conquistou o mundial de rúgbi em 1995, rendendo uma história inspiradora de reconciliação nacional após o fim do Apartheid, contada no filme Invictus, de 2009.

17. Tóquio (Japão)

Por décadas, a frase “rumo a Tóquio” povoou o imaginário do torcedor brasileiro como o ápice a ser almejado por seu time: afinal, foi no Japão que o título mundial de clubes se definiu entre 1980 e 2012, primeiro na própria capital do país e, nos anos finais, na vizinha Yokohama. Flamengo, Grêmio, São Paulo, Inter de Porto Alegre e Corinthians deram volta olímpica em terras japonesas, consolidando o país como uma terra de peregrinação para quem gosta da bola.

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Mosaicos que ficavam ao lado das cabines de imprensa do antigo Estádio Nacional de Tóquio foram preservados e colocados em uma das entradas do novo recinto. Imagens representam o criador lendário do sumô, Nomi no Sukune (em destaque na imagem), e a deusa grega Niké (à direita). (Japan Sport Council/Reprodução)

Palco das disputas até 2001, o antigo Estádio Nacional de Tóquio infelizmente não existe mais, substituído por um novo campo com o mesmo nome erguido para as Olimpíadas de 2020. Mas elementos marcantes do estádio original, como dois grandes mosaicos que ficavam ao lado das cabines de imprensa, foram preservados.

Para quem segue a Yokohama, o Estádio Internacional da cidade tem um atrativo a mais: além do simbolismo para os clubes que foram campeões por lá, também é o local da última conquista de Copa do Mundo pela Seleção Brasileira, em 2002. O Brasil ainda voltaria a sorrir no local quando conquistou o ouro no futebol masculino ali mesmo, nos Jogos Olímpicos de 2020.

Fonte: viagemeturismo

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