Em resposta, Tião da Zaeli afirmou que até o momento não recebeu nenhuma solicitação formal de desfiliação por parte dos parlamentares, mas que o caminho legal para isso deve ser respeitado.
“Não chegou em mim nenhum comunicado, mas já deixo claro o seguinte: existe a janela partidária. Ele que se organize para fazer essa mudança dentro do prazo, porque tem lei. Ele foi eleito junto conosco, tocamos um projeto juntos. Assim que vier a janela, ele fica à vontade”, afirmou.
Tião ainda ressaltou que a cobrança por espaço dentro do partido é natural, mas que cada agente político deve focar nas atribuições do cargo que ocupa.
“Está faltando espaço, até para mim. O espaço é limitado. Ele foi eleito vereador, tem que buscar projetos, fiscalizar a prefeita, fiscalizar a prefeitura, fazer o trabalho dele. Nós marcamos uma discussão institucional, com documento. Ele tem que protocolar isso e vamos avaliar dentro do partido”, completou.
Já a prefeita Flávia Moretti evitou se aprofundar na polêmica, mas questionou a postura dos vereadores quanto à fidelidade partidária. Para ela, a insatisfação é mais interna ao partido do que relacionada à gestão municipal.
“Gente, vou falar uma coisa: é mais espaço na gestão ou no partido? Porque na gestão ele é vereador, não é perfeito. Essa é uma discussão do partido, entre eles. Acho que é livre, a sigla partidária é livre. Mas eles escolheram o PL para se eleger. Naquele momento servia, agora não serve mais? Então cadê a fidelidade deles com o partido e com o povo que elegeu eles?”, disparou.
Flávia ainda defendeu que o grupo está alinhado com os princípios do PL. “Estamos trabalhando dentro da doutrina, dentro das ideologias do nosso partido”, ressaltou.
A movimentação dos vereadores ocorre em meio a mudanças recentes na administração, como a troca no comando da Secretaria de Governo, o que teria acirrado os ânimos internos. O nome de Bruno Rios chegou a ser cogitado para a pasta, mas a prefeita optou por outra indicação.
O presidente estadual do PL, Ananias Filho, também já foi acionado pelos parlamentares, mas deixou claro que a liberação partidária não será automática. Ele defende que as conversas ocorram primeiro no diretório municipal, com Flávia e Tião.
Fonte: Olhar Direto