Em uma trama de , a caça a um tesouro perdido envolve expedições em lugares desconhecidos, muitas vezes habitados por povos exóticos. Ao menos é desse jeito que acontece nos filmes de personagens como o capitão Jack Sparrow e o arqueólogo Indiana Jones. Não é o caso de James Howells, 39 anos, alguém do mundo real.
Ele faz a busca a um tesouro perdido em um ambiente muito mais trivial e bem menos atraente. Sua busca não é por baú cheio de joias e moedas de ouro escondido dentro de uma caverna em algum lugar esquecido no meio do nada. A a caçada de Howells se dá em um lixão do País de Gales. O entulho do lugar abrigaria um HD que armazena a chave para acessar R$ 4 bilhões em bitcoins, que foi parar no aterro sanitário no meio da Grã-Bretanha — uma grande ilha que todos conhecem.
Outro detalhe importante: a busca nunca aconteceu em segredo, como faria um corsário no século 16. Ele contou sua história para o mundo e apela às autoridades pelo direito de recuperar seu “baú virtual”, torcendo para que mais ninguém o tenha encontrado antes.
A história do tesouro perdido no lixão
Profissional da área de TI, Howells começou a adquirir bitcoins quando quase ninguém acreditava no valor das criptomoedas. Em 2009, ele tinha cerca de 9 mil bitcoins — o que, na época, não valia praticamente nada, porque pouquíssima gente sabia da existência desse ativo e menos pessoas ainda aceitavam trocar produtos por quantias dele.
Em 2013, porém, o jogo mudou. O bitcoin se tornou conhecido. A cotação por uma única unidade da criptomoeda chegou a US$ 1 mil, o que já mudaria a vida do portador do HD, fazendo dele um milionário. E a moeda continuou se valorizando — na cotação atual, a quantia passa dos R$ 4 bilhões.
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O grande problema é que, ao procurar o objeto, Howells se deu conta de que o havia perdido. Por acidente, o HD foi descartado no lixão de Newport, município onde reside até hoje.
Saga jurídica
Por uma década, o rapaz buscou na o direito de revirar o aterro sanitário municipal para tentar encontrar o “baú virtual”. No começo de janeiro de 2025, porém, um — o que pode enterrar para sempre a fortuna em Newport. Contudo, Howells ainda não desistiu da caçada. Agora, ele pediu para comprar o lixão para, como dono do lugar, poder fazer o que bem entender com ele.
A proposta ainda não foi aceita. Porém, se a ideia prosperar, a busca dependerá do que há de mais tecnológico. Para encontrar o tesouro perdido, ele pretende transportar entulho com caminhões e analisar o material removido com tecnologia de detecção baseada em inteligência artificial. Em vez de uma saga pirata, o caso pode virar ficção científica, ou até mesmo uma história sem fim.
Fonte: revistaoeste