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Tania Cosentino e Artur Grynbaum debatem legados sustentáveis no MEX Brasil: Microsoft e Grupo Boticário em destaque!

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A presidente da Microsoft Brasil, Tania Cosentino, e o vice-presidente do Conselho do Boticário, Artur Grynbaum, participaram do primeiro Fórum em Gestão com CEOs, realizado nesta quarta-feira (15) na sede do Grupo Boticário em Curitiba (PR).
O evento, promovido pelo MEX Brasil – Espaço Mulheres Executivas em parceria com o Lapidus – Networking & Business, reuniu líderes empresariais para debater o tema “Desafios e soluções: construindo legados sustentáveis”. Cosentino e Grynbaum compartilharam suas trajetórias e debateram os três aspectos do ESG – sigla em inglês para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). Ambos apresentaram exemplos de como suas empresas atuam nessas áreas.
Grynbaum destacou que a sustentabilidade sempre foi uma prioridade para o Grupo Boticário, mencionando a criação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em 1990, que preserva áreas da Mata Atlântica e do Cerrado, além de manter outros projetos de conservação. Ele enfatizou a importância de integrar a sustentabilidade e o compromisso social em todas as operações da empresa, apesar dos desafios e custos.
Cosentino ressaltou a necessidade de educação em sustentabilidade e ESG, observando que a falta dessas práticas pode ter efeitos negativos para uma organização. Uma delas seria o afastamento de jovens talentos, essenciais para a inovação e perenidade das empresas. Ela também destacou a importância de envolver todos os colaboradores e fornecedores na mitigação de danos ambientais e na adoção de práticas sustentáveis. Neste sentido, é fundamental que toda a cadeia produtiva esteja alinhada com os propósitos da empresa neste aspecto, algo também apontado por Grynbaum.
“Eu brinco que o ESG é uma sopa de letrinhas: antes era sustentabilidade, depois responsabilidade social corporativa. Algumas empresas fazem por obrigação, outras porque veem um benefício para a sociedade e a empresa. Mas há um preconceito, porque muitos não entendem o verdadeiro significado de ESG, acham que é apenas para grandes empresas, mas todas podem se beneficiar. É uma questão de escolha e paciência, pois os resultados são de médio prazo”, diz ele.
Os convidados também abordaram a inclusão e diversidade como fundamentais para a discussão do aspecto social do ESG. Grynbaum mencionou que a maioria dos colaboradores do Grupo Boticário são mulheres e que a diversidade é promovida em toda a cadeia produtiva. Cosentino enfatizou a necessidade de de oportunidades para mulheres e homens, especialmente na área de tecnologia. Ela também mencionou outras iniciativas de inclusão dentro da Microsoft, que envolvem grupos diversos, como negros, membros da comunidade LGBTQIA+ e asiáticos, por exemplo. Por todas as suas práticas, a Microsoft é considerada uma das empresas mais inclusivas do Brasil.
“Nós vivemos uma corrida por inovação. As empresas do futuro são aquelas capazes de se reinventar todos os dias. E você só vai se reinventar se tiver grupos diferentes, com diferentes experiências, diferentes visões dentro da sua empresa. Os benefícios são muitos: maior capacidade criativa no desenvolvimento de novos produtos e maior conexão com diferentes públicos, porque o seu público é diverso. Você também será capaz de usar melhor os recursos da sua organização, porque terá pessoas com diferentes perspectivas”, aponta Cosentino.
“A diversidade no ambiente de trabalho é uma questão de negócio. E as mulheres também têm um papel essencial nesse contexto de diversidade, trazendo diversas perspectivas e experiências. No caso das áreas de tecnologia e engenharia, é fundamental atrair mais mulheres, pois isso não só fortalece as empresas, mas também impulsiona o seu desenvolvimento”, complementa.
Quanto aos legados que ambos gostariam de deixar, Grynbaum pontuou a importância das transformações que a vida pode trazer quando se tem como base o que vem sendo construído ao longo dos anos. Outro aspecto citado por ele é que é possível fazer as coisas em conjunto. Não existe a opção do “ou”, mas sim a do “e”. É possível uma empresa crescer financeiramente ao mesmo tempo em que aplica as práticas de ESG, por exemplo.
“Ser empresário no Brasil é desafiador devido a questões econômicas e burocráticas. Um dos maiores legados é mostrar que é possível crescer de forma correta e sustentável, sem buscar atalhos. Crescemos, gerando resultados positivos, cuidando do meio ambiente e atendendo à parte social, distribuindo riqueza e oferecendo dignidade ao longo da cadeia produtiva”, comenta.
Para Cosentino, o legado é tocar as pessoas no que diz respeito a acreditarem que todos podem ser agentes de transformação, seja em suas vidas, em suas empresas, em sociedade. Ela também mencionou os objetivos da Microsoft Brasil, como alcançar zero carbono até 2030 e usar energia sustentável em todos os data centers até 2025.

IA e responsabilidade: perspectivas da Microsoft

Segundo Cosentino, a tecnologia avançou rapidamente nos últimos anos, no entanto, esse movimento trouxe desafios. “Não se trata apenas do avanço tecnológico, mas também da capacidade de replicar e escalar isso, tornando-o acessível a um número maior de empresas e instituições”, diz.
Para ela, a inteligência artificial, incluindo a inteligência artificial generativa, teve um salto significativo e está alinhada com a missão da Microsoft de empoderar pessoas e organizações para conquistar mais. “Isso significa democratizar a tecnologia, tornando-a acessível para todos”, comenta.
Com a IA, ela diz, é possível realizar diversas ações que gerarão dados que poderiam, por exemplo, auxiliar na criação de políticas públicas relacionadas ao clima ou monitorar diferentes biomas para antecipar eventos ambientais. Isso contribuiria de forma significativa para a preservação ambiental.
“Em outro exemplo, ao trabalhar com um grande volume de dados, podemos analisar padrões, avaliar exames médicos e identificar pessoas com maior predisposição a certas doenças, permitindo uma abordagem preditiva à saúde. Ou seja, a inteligência artificial está se tornando uma aliada importante em questões de preservação ambiental, saúde, pesquisa e desenvolvimento de novas drogas, produtividade industrial, logística e transformação das relações de consumo”, considera.
“É lógico que há uma preocupação sobre o uso responsável da IA. A Microsoft é muito comprometida com este tema e buscamos liderar discussões nesse sentido, porque realmente os benefícios são inúmeros, mas existe a forma certa de aplicar essa tecnologia”, diz Cosentino, que destaca o papel da empresa em liderar discussões sobre políticas de regulamentação e fomento à transparência.

Mercado de tecnologia

“Para mim, a escassez de engenheiros representa um problema fundamental para o desenvolvimento econômico do país. É um setor altamente remunerado, mas enfrentamos uma carência de profissionais qualificados. Se não tivermos pessoas suficientes para atuar em tecnologia, iremos criar um descompasso ainda maior para o Brasil. Quando falamos em produtividade, nossos índices não são comparáveis aos de outros países do mundo. Isso nos leva à desindustrialização e à perda de competitividade”, considera Cosentino.
Para ela, adquirir tecnologia é importante, mas também é essencial ser capaz de implementá-la. Para isso, são necessários mais profissionais. “A cada ano, formamos menos engenheiros, e isso é um problema para o desenvolvimento econômico do país na minha opinião. E precisamos de mais mulheres para promover maior diversidade no setor. Por isso, tento ser uma voz nesse sentido, atraindo mais mulheres para essa área”, diz.
A executiva frisa a necessidade de ter intencionalidade na contratação. “Faço um esforço diário para garantir que minhas vagas sejam preenchidas por um grupo o mais inclusivo possível. Somente assim a Microsoft continuará sendo protagonista e líder no cenário da inclusão”, completa.

Presença feminina nas empresas

Regina Arns é presidente do MEX Brasil, uma aliança empresarial com foco no desenvolvimento de mulheres. Participam dela executivas e empreendedoras em cargos de gestão de pequenas, médias e grandes empresas. Desde 2006, elas se reúnem mensalmente, trazendo sempre convidados que possam compartilhar cases de gestão e discutir a presença da mulher no mercado e nas empresas.
“Essas conversas são fundamentais porque, se o tema da mulher não estiver na pauta dos presidentes das empresas, dificilmente avançaremos. É preciso que todos participem ativamente dessa mudança de realidade”, comenta.
Segundo ela, o Fórum em Gestão com CEOs é uma desse formato. “Agora, não apenas trazemos presidentes como palestrantes, mas também buscamos um público diversificado para pensarmos juntos sobre essa causa. É um espaço importante para refletir e fortalecer a presença feminina e trocar experiências inspiradoras”, explica.
A presidente do MEX Brasil destacou que a primeira edição do Fórum foi inspiradora. “Essas empresas são modelos que precisamos trazer para inspirar outras e engajá-las nessa causa. A discussão é ampla e equilibrada, reconhecendo que homens e mulheres têm competências complementares. É sobre unir forças para aprender e evoluir juntos”, diz.
A próxima edição do Fórum em Gestão com CEOs está prevista para novembro deste ano.

E vem aí o GazzSummit Agrotechs

O GazzSummit Agrotechs é uma iniciativa pioneira do GazzConecta para debater o cenário de inovação em um dos setores mais relevantes do país. O evento será realizado no dia 15 de agosto de 2024 com o propósito de conectar e promover conhecimento para geração de novos negócios, discussão de problemas e desafios, além de propor soluções para o setor.
O GazzSummit promove a disseminação de tecnologias e práticas de inovação que possam levar a cadeira produtiva ainda mais longe. Uma programação intensa de 12 horas de conteúdo, e mais de 25 palestrantes, espera os participantes que poderão interagir com players importantes do ecossistema como grandes empresas, cooperativas, produtores, entidades públicas, startups e inovadores. Garanta sua vaga no site.

Fonte: gazzconecta

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo