Com menos de dois meses de existência, o ChatGPT, (IA) desenvolvida pela empresa OpenAI e mais novo fenômeno da internet, ultrapassou a marca dos 100 milhões de usuários. Com isso, se tornou o app com o crescimento mais rápido da história.
Só para você ter uma ideia: o levou nove meses para atingir esse mesmo número. Já o Instagram precisou de dois anos e meio. Spotify e Facebook demoraram quase cinco anos.
O ChatGPT é um modelo de linguagem treinado com machine learning (“”). Inteligências artificiais desse tipo recebem uma enorme quantidade de dados e, partindo deles, aprendem a — e a replicá-los.
Um exemplo: digamos que o ChatGPT tenha sido alimentado com toneladas de arquivos de convites de casamento. Ele terá aprendido os aspectos que convites do tipo geralmente têm — e será capaz de gerar um quando você pedir.
Além de gerar textos, o ChatGPT também pode explicar conceitos e responder a perguntas, como “o que é a física quântica?”. Você pode ler mais detalhes sobre o seu funcionamento .
De acordo com um estudo do banco suíço UBS, o ChatGPT tinha 57 milhões de usuários mensais em dezembro – o que quase dobrou no mês seguinte. Comparadas às seis milhões de primeiras visitas diárias que tinha no primeiro mês, ele saltou para uma média de 13 milhões por dia em janeiro. Os usuários vão desde pessoas interessadas em usufruir das impressionantes ferramentas da plataforma àqueles que só querem brincar e testá-la.
Concorrido
A procura pelo ChatGPT aumentou tanto que a lançou o ChatGPTPlus, um programa de assinatura para usuários que queiram usar o programa em horários de pico com mais estabilidade. Por US$ 20 mensais, ele ainda garante acesso prioritário a novos recursos.
Por enquanto, o ChatGPT Plus está restrito a convidados de uma lista de espera, que precisam ser residentes dos Estados Unidos.
Não demorou para que big techs também se interessassem pela plataforma. A Microsoft, que já era investidora da OpenAI, fez mais um aporte bilionário na empresa. O valor teria sido de US$ 10 bilhões.
E o que a Microsoft planeja fazer? Segundo analistas, a ideia é integrar a função de busca do ChatGPT ao seu próprio buscador, o Bing, em uma tentativa de rivalizar com o . Usando a tecnologia da IA, o Bing poderia gerar respostas mais humanas do que apenas apresentar uma lista de links relevantes.
A Google, que também com chatbots de , já afirmou que seus modelos de linguagem são tão eficientes quanto o do ChatGPT. Mas disse que, devido à grande reputação da empresa, seria um risco apostar de imediato na tecnologia. Sendo assim, preferiam seguir de forma mais conservadora.
Apesar dessa declaração, há indícios de que a companhia estaria testando internamente um chatbot similar ao ChatGPT. É o Apprentice Bard, que usa a tecnologia de conversação LaMDA (a que recentemente se envolveu em uma polêmica por, supostamente, ter “”).
Na próxima semana, o Google pretende explicar os próximos passos sobre suas IAs — que, nas palavras da empresa, irão “reimaginar como as pessoas pesquisam, exploram e interagem com as informações, tornando mais natural e intuitivo do que nunca encontrar o que você precisa”. O evento terá transmissão ao vivo pelo YouTube no dia 8 de fevereiro, às 10h30 (horário de Brasília).
Fonte: abril