Economia

Taxas de juros médias estáveis em junho, conforme indicado pelo Banco Central

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

As taxas médias de juros se mantiveram praticamente estáveis em junho, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). A média geral, que considera contratações de crédito livre e direcionado para famílias e empresas, foi de 31,5% ao ano, com leve recuo de 0,1 ponto percentual. No acumulado de 12 meses, houve alta de 3,6 pontos percentuais.

A estabilidade acompanha o cenário de juros elevados na economia, influenciado pela taxa Selic fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic, principal instrumento de controle da inflação, tem efeito direto nas taxas bancárias, encarecendo o crédito e incentivando a poupança.

O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é cobrado dos clientes, também se manteve estável no mês, fechando em 20,4 pontos, com alta de 1,8 p.p. em 12 meses.

Crédito livre e rotativo

As novas contratações de crédito livre para famílias registraram juros de 58,3% ao ano, com estabilidade no mês e aumento de 5,7 p.p. em relação ao ano anterior. O cheque especial teve elevação de 2,5 p.p., chegando a 137,5% ao ano, e o crédito pessoal não consignado subiu 4,2 p.p., alcançando 108,6% ao ano.

Por outro lado, o juro do cartão de crédito rotativo caiu 7,9 p.p. no mês, mas acumulou alta de 12,7 p.p. em 12 meses, atingindo 441,4% ao ano. A modalidade é uma das mais onerosas do mercado. Já o parcelamento da fatura do cartão teve elevação de 1,4 p.p. em junho, com estabilidade no acumulado anual, chegando a 182,5% ao ano.

Entre as empresas, a taxa média de crédito livre ficou em 24,3% ao ano, com variação positiva de 0,1 p.p. no mês e aumento de 3,5 p.p. em 12 meses.

Crédito direcionado

O crédito direcionado, com regras específicas do governo, registrou juros médios de 11,8% ao ano, com redução de 0,2 p.p. no mês e alta de 1,2 p.p. em 12 meses. Para pessoas físicas, a taxa foi de 11,1% ao ano, e para empresas, 14,1% ao ano.

Movimentação de crédito

As concessões de crédito totalizaram R$ 636,9 bilhões em junho. Houve recuo de 3,1% nas concessões ajustadas, com queda de 7,5% para empresas e aumento de 1,4% para famílias. Em 12 meses, o avanço foi de 13,9%.

O estoque de crédito do Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 6,685 trilhões, alta de 0,5% frente a maio. O crédito ampliado ao setor não financeiro, que inclui dívidas com bancos, títulos e fontes externas, alcançou R$ 19,3 trilhões, com avanço de 0,9% no mês e de 10,6% em 12 meses.

Endividamento e inadimplência

A inadimplência geral permaneceu em 3,6% em junho, estável nos últimos meses. Para pessoas físicas, ficou em 4,3%, e para jurídicas, em 2,4%.

O endividamento das famílias atingiu 49% da renda acumulada em 12 meses, com leve aumento mensal. Sem considerar o financiamento imobiliário, o índice foi de 30,7%. Já o comprometimento da renda com dívidas ficou em 27,8%, com alta de 0,4 p.p. no mês.

Fonte: cenariomt

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.