A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou neste domingo, 2, um corte na produção de petróleo de cerca de 1,1 milhão de barris por dia. Nenhum analista ouvido pela imprensa especializada, como a Bloomberg, esperava essa redução, já que a Arábia Saudita, por exemplo, garantia que a Opep ficaria apenas nos cortes anunciados em outubro, que somavam 2 milhões de barris por dia.
Neste domingo, porém, o Ministério da Energia saudita informou o corte de 500 mil barris e outros membros do cartel também confirmaram a redução na produção de petróleo. O Iraque vai reduzir 211 mil barris; Emirados Árabes Unidos, 144 mil; Kuwait, 128 mil; Cazaquistão, 78 mil; Argélia, 48 mil; e Omã, 40 mil. A Rússia disse que o corte de produção que estava implementando de março a junho, de 500 mil barris, continuaria até o final de 2023.
“Esse corte voluntário é adicional à redução na produção acordada na 33ª Reunião Ministerial da Opep em 5 de outubro de 2022”, informou a Arábia Saudita, em comunicado. “O responsável do Ministério da Energia enfatiza que se trata de uma medida de precaução destinada a apoiar a estabilidade do mercado petrolífero.”
Analistas afirmam que o corte é significativo, já que poderá aumentar as pressões inflacionárias em todo o mundo, forçando os bancos centrais a manterem as taxas de juros mais altas por mais tempo, o que ampliaria o risco de recessão.
O preço do petróleo atingiu o menor patamar em 15 meses em março devido à turbulência causada pela crise bancária, mas os preços se recuperaram quando a situação deu sinais de estabilização.
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Fonte: revistaoeste
