A Anfavea, entidade que reúne as fabricante de automóveis e veículos comerciais instaladas no Brasil, vislumbra um cenário de crescimento para o mercado automotivo em 2023, porém reforça que “uma série de lições de casa precisam ser feitas para que o mercado deixe de andar de lado como nos últimos anos”.
De acordo com o presidente da associação, Márcio de Lima Leite, “a questão do crédito é o tema mais urgente a ser atacado. Precisamos de juros mais baixos para atrair mais compradores para os veículos novos, sobretudo os modelos de entrada”.
“Além disso, temas como a reindustrialização e a descarbonização nos impõem desafios e oportunidades. Vamos continuar mantendo o diálogo com os novos governantes em nível federal e estadual, além dos parlamentares, de forma a contribuir para o fortalecimento da nossa indústria ante uma conjuntura global cada vez mais competitiva”, acrescenta Leite.
A Anfavea projeta um crescimento de 3% do mercado de veículos em 2023, alcançando a marca de 2,17 milhões de emplacamentos levando em consideração os diversos segmentos da indústria. “Mais uma vez, os leves deverão puxar o número, com elevação estimada em 4,1%, ante queda de 11,1% dos veículos pesados”, salienta a associação em comunicado.
Para este ano, a Anfavea detalha que a expectativa é de um aumento de 2,2% na produção de veículos, atingindo 2,42 milhões de unidades. Espera-se alta de 4,2% para automóveis e comerciais leves e queda de 20,4% para caminhões e ônibus. O segmento de pesados será impactado pela mudança da regra de emissões para o Proconve P8, que deve provocar um inevitável reajuste de preços.
No segundo semestre de 2022, pontua a Anfavea, a indústria automotiva nacional observou uma sensível redução nas paralisações de fábricas, com uma melhora parcial no fluxo de componentes eletrônicos, o que sinaliza um horizonte de recuperação para as linhas de montagem ao longo de 2023.
Fonte: autoo