O lançamento do Senna Tower, , foi celebrado com uma festa, no último sábado, 10, para cerca de mil convidados, entre clientes, profissionais ligados ao mercado imobiliário e autoridades. O evento contou com os shows da cantora de axé Claudia Leitte e do sertanejo Leo Chaves.
O nome do imóvel homenageará o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. O empreendimento é fruto de uma parceria da família de Senna com a FG Empreendimento e o Grupo Hang, do empresário .
No terreno onde iniciarão as obras do Senna Tower, na altura da Rua 4440 da Avenida Atlântica, foi construído um espaço para receber a imprensa e os convidados. Os jornalistas puderam acessar o local primeiro, para realizar um tour guiado, acompanhados de Stéphane Domeneghini, engenheira responsável do Senna Tower e diretora-executiva da Talls Solutions. Uma maquete de 14 metros de altura — correspondente à altura de um prédio de quatro andares — ocupou um lugar de destaque. O “filhote” do Senna Tower demorou 18 meses para ser montado e foi banhado por um show de luzes.
O espaço também contou com um acervo de objetos que relembram a trajetória do piloto Ayrton Senna. Troféus, equipamentos de corrida, itens pessoais e imagens históricas foram cedidos pela família do piloto — um destaque é a Lotus 99T, pilotada por Senna na temporada de 1987 da Fórmula 1.
Uma sala imersiva, equipada com projeções 360º, mostra o conceito criativo do empreendimento. Para tornar a experiência ainda mais real e palpável, os clientes podem visitar um apartamento de 294 m² decorado, com projeto de interiores assinado pelo arquiteto João Armentano. Um telão de LED permite ao visitante visualizar a possível vista do imóvel em diferentes horários do dia.
A parceria entre a FG Empreendimentos, a marca Senna e o grupo Havan promete entregar ao mercado um prédio com mais de 550 metros de altura e com potencial para atingir R$ 8,5 bilhões com a venda de todos os apartamentos do empreendimento. De acordo com a FG, já foram comercializadas unidades que somam R$ 1,3 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV). Os principais compradores do empreendimento estão concentrados nas regiões Sul e Centro-Oeste do país, além dos clientes internacionais, segundo a FG.
Os interessados em comprar uma unidade no Senna Tower precisam desembolsar pelo menos R$ 30 milhões: esse é o valor do apartamento tipo, com cerca de 320 m². Algumas plantas oferecem elevador privativo para carros esportivos, que ficarão expostos na sala de estar do proprietário —- são as chamadas mansões suspensas, de 420 a 563 m² — avaliadas em R$ 70 milhões. As duas coberturas tríplex, de 903 m², já estão à venda no formato de leilão. De acordo Toninho Roncaglio, corretor de imóveis há 37 anos e dono de duas imobiliárias na cidade, o lance mínimo de R$ 200 milhões já foi ultrapassado. “A venda no modelo de leilão de imóveis é usado nos Emirados Árabes e nos Estados Unidos”, explica Toninho. “O lance já está em R$ 300 milhões e deve ser vendido para alguém de fora do Brasil.”
O corretor chama a atenção para o processo de internacionalização da marca FG. “É um processo que vem ocorrendo há mais de dez anos, com a escolha de personalidades internacionais para divulgar os produtos imobiliários”. Ele lembra das campanhas de empreendimentos da marca que tiveram a atriz Sharon Stone e o jogador de futebol Cristiano Ronaldo como garotos-propaganda. Ainda, Toninho ressalta a escolha da marca Senna para assinar o projeto. “O piloto Ayrton Senna é um ícone mundial”, afirma. “Bilionários aficionados de automobilismo no mundo todo vão querer uma unidade no prédio residencial mais alto do mundo.”
Luciano Hang participou da festa de lançamento do Senna Tower, ao lado da mulher, Andrea, dos filhos e de amigos. O empresário recebeu a reportagem de em sua residência, localizada em frente ao mar na orla de Balneário Camboriú, no domingo 11, pela manhã. É nesta casa que Hang descansa com a família durante as férias no final do ano. Confira os trechos da conversa.
A partir dos anos 2000, houve uma queda no setor imobiliário, e passamos a investir em terrenos em Balneário Camboriú. Iniciamos uma parceria com o Chico [Francisco Graciola, cofundador e presidente do conselho consultivo da FG Empreendimentos] e compramos mais terrenos. Somos hoje os maiores proprietários de terrenos de frente para o mar na cidade, com mais de 40 mil metros quadrados de área.
Este projeto é grandioso. Queríamos uma marca com projeção mundial. A família Senna nos procurou e firmamos a parceria. A marca é forte, tem apelo. Ayrton Senna é um herói mundial, é uma unanimidade.
O poder público é a mola propulsora do atraso ou do desenvolvimento. Onde tem valorização imobiliária, há desenvolvimento econômico. O poder público da cidade entendeu isso e é parceiro da iniciativa privada. Aqui, se pode construir prédios altos e os empresários pagam outorgas para a prefeitura [a outorga onerosa é uma licença que a prefeitura concede às construtoras que desejam construir acima dos limites definidos pelo plano diretor da cidade, desde que paguem um valor a mais por isso]. Nesse terreno do Senna Tower, pagamos R$ 150 milhões em outorgas onerosas. Esse valor será revertido em infraestrutura para a cidade, que investe em mais segurança, limpeza e organização, tanto para os turistas quanto para os moradores. É o que sempre digo: ‘Deixem o empreendedor sonhar e realizar’. O empreendimento Senna Tower nada mais é do que a realização dos empresários, com a anuência do poder público.
É uma vitória para a cidade, para o nosso Estado. Santa Catarina é uma referência em qualidade de vida, em trabalho. É um Estado com tradições e valores muito consolidados. Temos uma indústria forte, somos o Estado com menos dependência do Bolsa Família e com o menor índice de desocupação do país. Por que o Brasil não copia o exemplo de Santa Catarina?
Crescemos 20% no ano passado, estamos crescendo 20% neste ano. Alcançamos R$ 16 bilhões em faturamento no ano de 2024. Talvez um dos melhores resultados do varejo brasileiro. A cada crise a gente repensa e melhora a empresa. Quando vejo que o tempo pode piorar, arrumo a casa. Reduzo crescimento. Foi o que fizemos nos últimos três anos. Já chegamos a abrir 25 lojas num ano. Em 2022, abrimos cinco lojas, em 2023 uma e em 2024 foram cinco. Chegamos a investir de R$ 1,5 a R$ 2 bilhões por ano em novas unidades. Com a redução no número de novas lojas, sobrou dinheiro em caixa para sanear as contas e pagar dívidas com bancos. A Havan tem hoje 181 lojas, deve chegar a 190 até o final deste ano e alcançar a marca das 200 lojas no ano que vem, quando completaremos 40 anos de empresa.
A jornalista Paula Leal viajou a convite da FG Empreendimentos
Fonte: revistaoeste
