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Sul global busca autonomia em vacinas através de colaboração internacional

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) articula uma cooperação entre países dos Brics para fortalecer a produção e o acesso a vacinas no Sul global. A iniciativa surgiu após a pandemia de covid-19 evidenciar desigualdades no fornecimento de imunizantes e insumos, quando nações mais pobres ficaram por último na fila de suprimentos.

O presidente da Fiocruz, Mário Moreira, explicou que o grupo está organizando um repositório digital de projetos para alinhar pesquisas de forma colaborativa. A ideia é nivelar as capacidades entre os países e garantir investimentos. Moreira destacou o papel estratégico de bancos internacionais e grandes fundações no financiamento dessas ações, além da possibilidade de criação de um novo órgão multilateral para apoiar a ciência.

O Brasil assumiu a liderança do projeto graças à sua reconhecida expertise em vacinação pública e produção de imunizantes. A Fiocruz amplia acordos internacionais para fortalecer a cooperação, com novos escritórios previstos em Portugal e na Etiópia, além de projetos com a Índia. A Fundação também integra a Rede Pasteur e coordena um comitê da Organização Panamericana de Saúde para mapear a capacidade produtiva latino-americana em vacinas e medicamentos.

Em agosto, a Fiocruz planeja inaugurar o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, para acelerar o desenvolvimento de novos produtos em parceria com pesquisadores nacionais e internacionais. A cooperação entre os Brics busca combater as doenças socialmente determinadas, cuja incidência está ligada à pobreza e às barreiras de acesso à saúde.

Fonte: cenariomt

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