A quinta-feira (22) marcou um momento significativo para o ecossistema de inovação de Lucas do Rio Verde, com a apresentação dos resultados dos projetos desenvolvidos por startups em parceria com as secretarias municipais, no âmbito do programa InPacto Lucas. As soluções foram pensadas para promover a melhoria dos serviços públicos e contribuir com o desenvolvimento sustentável do município, a partir de desafios reais enfrentados pela gestão.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Cidade, Welligton Souto, o evento representa uma espécie de coroação de um trabalho que vem sendo construído ao longo dos últimos três anos. “Lá atrás, criamos leis que regulamentassem esse espaço de inovação, preparamos a estrutura com segurança jurídica para as startups acessarem dados e informações, firmamos termos de confidencialidade e organizamos o município para esse novo modelo de trabalho”, explicou.
O chamamento público lançado pela Prefeitura contou com mais de 30 empresas inscritas, das quais 10 foram selecionadas e 9 concluíram com sucesso o desenvolvimento de suas propostas. “Tivemos um aproveitamento de 90%, com soluções inteligentes e viáveis, que buscam melhorar a qualidade de vida da população e, ao mesmo tempo, tornar a gestão pública mais eficiente”, destacou Souto.
Entre os projetos apresentados estão o uso de inteligência artificial aplicada às câmeras de monitoramento já existentes no município, sistemas de poda inteligente de árvores com mapeamento térmico, e o caso de destaque da startup Trashin, do Rio Grande do Sul, que atuou durante a Festa do Milho com a coleta e separação de resíduos recicláveis, gerando mais de R$ 1.500 em receita com materiais reaproveitados.
Para o secretário, a experiência coloca Lucas do Rio Verde entre os municípios mais avançados do país no que se refere à adoção de tecnologia e inovação na administração pública. “Estamos talvez entre 1% das prefeituras do Brasil que fizeram esse tipo de ação de forma institucional. É uma transformação disruptiva, e mostra que o poder público não está parado no tempo”, pontuou.
O InPacto Lucas faz parte de um movimento maior que envolve o poder público, entidades privadas, sociedade civil e instituições de ensino — os chamados quatro eixos do ecossistema de inovação. “Todos estão atuando. O braço voltado ao setor público, envia uma mensagem clara: temos consciência de que precisamos cuidar da agenda do presente e da agenda do futuro. A inteligência artificial, a nanotecnologia, tudo isso já está aí. E nós não podemos ficar para trás”, afirmou Souto.
Com o encerramento dessa etapa, a Prefeitura agora analisa os projetos para avaliar quais deles podem receber investimentos públicos e avançar para a fase de implementação prática. “O próximo passo é entender nosso orçamento e direcionar recursos para os projetos mais aderentes, para que eles possam ser aprimorados e, em breve, já apresentem resultados efetivos para a população”, concluiu.
Fonte: cenariomt
