Cenário Agro

Setor produtivo de Mato Grosso destaca projetos sustentáveis e inovadores na COP30

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O setor produtivo de Mato Grosso chega à COP30, em Belém (PA), na próxima semana com a missão de mostrar ao mundo que o campo brasileiro já produz com responsabilidade ambiental e inovação. Duas das principais entidades representativas do agro mato-grossense, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e o Sistema Famato, estarão na conferência para apresentar projetos que comprovam o compromisso da pecuária e da agricultura do estado com a sustentabilidade.

De acordo com o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi, a entidade é uma das poucas do setor produtivo convidadas para o evento. “A nossa tarefa é levar os trabalhos, aquilo que o pecuarista faz, demonstrar o que a gente já faz, que é produzir com sustentabilidade, que é produzir com equilíbrio, que é produzir com observação ao bem-estar”, afirma.

Sustentabilidade e pesquisa no foco da Acrimat

A Acrimat vai apresentar três projetos desenvolvidos em Mato Grosso. Um deles, em parceria com a Embrapa Gado de Corte e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), será lançado durante a COP e é voltado à fixação de carbono no Pantanal. Outros dois destaques serão as ações de recria e terminação intensiva a pasto e o Pasto Forte, desenvolvido em parceria com a Fundação MT e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

“O trabalho realizado com a Embrapa foi feito a várias mãos, e nós vamos mais uma vez ratificar os números que a gente sabe de uma forma, às vezes, subjetiva e que precisamos mostrar para o mundo inteiro que nós estamos fazendo a nossa parte e somos muito mais parte da solução do que do problema”, reforça Manzi em entrevista ao Dia de Ajudar Mato Grosso.

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O diretor técnico lembra ainda que o Brasil tem papel essencial na segurança alimentar global. “Hoje o mercado da carne bovina disputado pelos players internacionais é de cerca de 30 milhões de toneladas e o Brasil já é responsável por mais de 10 milhões de toneladas. Ou seja, é impossível se falar em exportação de carne bovina tirando o Brasil dessa equação”.

pecuária pantanal Fazenda Pantaneira Sustentável COP 30 foto: Assessoria Famatopecuária pantanal Fazenda Pantaneira Sustentável COP 30 foto: Assessoria Famato
Foto: Assessoria Famato

Projetos da Famato unem conservação e tecnologia

O Sistema Famato também leva à COP30 iniciativas que unem produção sustentável e inovação. Dois projetos estarão em destaque na AgriZone, espaço técnico coordenado pela Embrapa: a Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS) e o AgriHub Conecta.

A FPS, realizada pelo Senar-MT e Embrapa Pantanal, aplica metodologia científica para avaliar propriedades rurais com base em 56 indicadores ambientais, econômicos e socioculturais. Em cinco anos de projeto-piloto, a idade ao primeiro parto das vacas caiu de 34 para 28 meses, enquanto a taxa de prenhez subiu de 41% para 70,9%. Atualmente, o programa reúne 72 fazendas, 112 mil cabeças de gado e 247 mil hectares monitorados, com impacto indireto sobre mais de 300 mil hectares.

“Além de abrigar uma riqueza biológica singular, o Pantanal cumpre papel estratégico na regulação do clima e na manutenção dos ciclos hídricos. Quando bem manejada, torna-se aliada da conservação e da produção. É isso que a Fazenda Pantaneira Sustentável comprova com método e indicadores: é possível gerar renda, preservar e planejar um futuro seguro para a região”, afirma o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain.

Já o AgriHub Conecta tem foco na inovação aplicada ao campo. A iniciativa conecta produtores a startups e empresas de tecnologia para solucionar desafios reais das propriedades, como regularização fundiária, custos de insumos, energia, segurança, conectividade e falta de mão de obra qualificada.

“O AgriHub Conecta aproxima produtor e tecnologia com método. Começa pelas dores reais da fazenda, valida as soluções e só então escala. Assim reduzimos custo, ganhamos eficiência e melhoramos rastreabilidade. Conectividade e energia ainda são gargalos, mas já há respostas práticas. Nosso foco é inovação que cabe na rotina do produtor e gera impacto medido”, destaca o superintendente do AgriHub, Cleiton Gauer.

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Fonte: canalrural

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