A realiza, nesta quarta-feira, 30, uma audiência pública para investigar os desdobramentos da chamada Vaza Toga. O jornalista português foi o primeiro a ser ouvido.
Durante a audiência, o jornalista afirmou que Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), temia ser morto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo Tavares, quem executaria o plano seria a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Tavares divulgou uma conversa entre Tagliaferro e o jornalista Oswaldo Eustáquio. O conteúdo se tornou um dos objetos da audiência no Senado.
“Essas declarações não são de agora”, afirmou o jornalista português. “Ocorreram há mais ou menos uns oito meses. Se essas declarações tivessem sido feitas agora, eu não poderia divulgar um áudio e colocar em risco o plano de fuga de um homem que dizia que tinha o PCC para o matar por ordem do Alexandre de Moraes.”
A reportagem manteve contato com o gabinete de Moraes e ainda não houve manifestação.
A audiência na comissão ocorreu sem a presença de Tagliaferro. Segundo o advogado Eduardo Kuntz, o ex-assessor do TSE não pôde confirmar presença e solicitou o agendamento de uma nova data, com a possibilidade de participar de forma virtual.

A comissão agora avalia a proposta de ouvir Tagliaferro remotamente em uma próxima sessão.
O requerimento para a audiência partiu do senador Ele propôs ouvir personagens ligados ao escândalo que envolveu o vazamento de mensagens atribuídas a integrantes do gabinete de Moraes.
A lista de convidados incluiu o próprio Moraes e os juízes auxiliares Marco Antônio Martins Vargas e Airton Vieira. Nenhum dos três compareceu à audiência desta quarta-feira.
Fonte: revistaoeste