Cenário Político

Sérgio Ricardo propõe que CS Mobi compre prédio da Santa Casa para doar à Prefeitura como compensação social

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O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, sugeriu que o consórcio CS Mobi, responsável pelo estacionamento rotativo e pelas obras de requalificação do Mercado Municipal Miguel Sutil assuma a compra do prédio da Santa Casa de Misericórdia, atualmente em processo de venda judicial, e o repasse à Prefeitura como forma de compensar o desgaste com a população.

A declaração foi dada durante entrevista nesta segunda-feira (3) em que o conselheiro opinou sobre o futuro da Santa Casa e apontou que a unidade deve acabar sob gestão municipal por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).
“Santa Casa eu tenho um palpite. Eu acredito que quem vai assumir a Santa Casa vai ser Cuiabá, dentro de um programa de PPP com essas empresas que estão em Cuiabá fazendo parcerias com a Prefeitura. Uma empresa dessas pode pegar a Santa Casa, comprar a Santa Casa, assumir a Santa Casa e tocar a Santa Casa como o Estado vai tocar o Hospital Central”, afirmou.
Segundo Sérgio Ricardo, a Santa Casa não corre risco de fechamento e tende a seguir o modelo do Hospital Central, hoje administrado em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein.
“A Prefeitura pode, tem saídas… Eu acredito numa grande PPP, como está sendo feito com o Hospital Central e o Einstein, que uma dessas empresas venha administrar a Santa Casa para a Prefeitura de Cuiabá”, disse.
Ao comentar o desgaste da CS Mobi com a população cuiabana, especialmente após a CPI aprovada pela Câmara, o presidente do TCE sugeriu que a empresa poderia transformar a imagem negativa em um gesto social concreto.
“Está aí uma grande oportunidade, de repente, né… a grande oportunidade do prefeito Abilio. Eu não sou prefeito, eu sou cuiabano, só fico dando meus palpites. Mas é uma grande alternativa: essa CS Mobi, que está construindo um prédio, construindo uma série de benfeitorias para Cuiabá… há um grande descontentamento”, afirmou.
“O que eu observo, como cuiabano? Não parece que exista nenhum benefício social para Cuiabá nessa parceria com a CS Mobi. Estão cobrando ingresso, cobrando estacionamento… isso descontenta todo mundo. Eu não vejo nenhum benefício social”, completou.

O imóvel da Santa Casa, avaliado inicialmente em R$ 78 milhões, teve o lance mínimo reduzido a R$ 39 milhões, mas novamente não recebeu propostas. O processo agora segue para análise do juiz responsável pelo caso no TRT.
A unidade está sob requisição administrativa do Estado desde 2019 e seguirá operando como hospital estadual até dezembro de 2025.

 

Fonte: Olhar Direto

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