Em entrevista nesta terça-feira (24), ele criticou a falta de avanços e a ausência de uma solução definitiva para o local e disse que as obras continuam representando risco.
O conselheiro afirmou que, após visita ao local, conseguiu visualizar que a situação está “pior do que antes de começar”. “Ficou-se lá um ano, não andou absolutamente nada. A obra tá pior do que antes de começar. Passei lá para verificar: parece que está parado, não tem mais ninguém trabalhando”.
O projeto original previa um retaludamento (corte) para conter deslizamentos e estabilizar o terreno. A estrada seria recuada em dez metros, evitando também a passagem sobre o viaduto que existe hoje no local.
O conselheiro cobrou maior empenho do governo Mauro Mendes (UNIÃO) e da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) e disse que a obra não recebeu a importância necessária, mesmo com toda a complexidade em seu entorno.
“Deveria ter havido muito mais ações de toda a classe política, do próprio governo. Não é uma situação difícil de resolver. Precisa de ação, mas chegamos a um ponto em que ninguém sabe o que fazer”.
Ele ainda afirmou que é urgente resolver os ricos no local que diz que “está para desabar a qualquer momento”. No entanto, ressaltou que agora tudo volta “à estaca zero”. “É desanimador ver uma cidade isolada sem solução à vista”.
“O que eu tenho que fazer é lamentar também porque eu não esperava tanta demora, esperava tanta falta de ação e não esperava chegar no momento seguinte, ninguém sabe o que fazer”.
Na terça-feira, o governador Mauro Mendes afirmou que a Sinfra está finalizando estudos para modificar o projeto original, mas não detalhou prazos.
A obra de retaludamento do morro começou no ano passado, e teve aprovação do Ibama e do ICMBio, como forma de evitar novos desmoronamentos, dando mais segurança a todos que trafegam nesse trecho.
“Uma coisa é você fazer um estudo preliminar, como fizemos naquele momento em que precisávamos tomar as providências emergenciais. Mas quando as obras começaram, foram observadas diferenças geológicas que não tinham sido inicialmente percebidas. E isso demandou aprofundar esses estudos geológicos”, explicou.
Mauro ressaltou que a Sinfra realizou novas sondagens, chegando a subir máquinas pesadas em cima do morro para verificações mais precisas.
Fonte: Olhar Direto