A manifestação de Wellington Fagundes reforça a posição já adotada por sua correligionária Rosana Martinelli (PL), que havia assinado o pedido quando ocupava a suplência no Senado. “A luta não é de agora, por isso, eu também assinei esse pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O Brasil precisa de equilíbrio entre os Poderes, e o que temos visto é uma escalada de decisões que invadem prerrogativas do Legislativo”, declarou o senador.
Margareth Buzetti, por sua vez, adotou tom mais contundente ao criticar o Supremo. A senadora também reclamou da falta de iniciativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), em dar andamento ao pedido de impeachment. “Não adianta nós termos comissão se o presidente do Senado não sinalizar que ele quer esse impeachment. Senão, nós ficamos lá trabalhando, trabalhando e pondo lenha na fogueira e não adianta. Isso depende do presidente do Senado. Enquanto ele não sinalizar que realmente está a fim… E eu acho necessário sim que se faça alguma coisa para conter o STF, que é um abuso o que o STF tá fazendo”, afirmou.
Margareth ainda citou casos que considera interferência do Judiciário no Legislativo, como o cancelamento de dispositivos relacionados ao IOF. “O IOF, por exemplo. Você resolve na Câmara, é um imposto regulatório, se transforma em arrecadatório e o cara vai lá e cancela tudo. Que isso?! Nosso serviço não tá valendo nada, nosso trabalho não vale nada…”, protestou. Apesar do voto ser secreto, a senadora deixou claro: “Pela minha fala, vocês já devem saber”.
O pedido de impeachment contra Moraes foi protocolado no Senado após críticas à atuação do ministro em processos envolvendo o ex-presidente Bolsonaro, incluindo a imposição de medidas como tornozeleira eletrônica e restrições à liberdade de expressão.
A decisão de dar andamento ao processo cabe exclusivamente ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que até o momento parece não ter vontade política de colocar na pauta o pedido. Inclusive, ao lado do presidente da Câmara, Hugo Motta, decretou recesso no Senado, o que impede o andamento de qualquer projeto.
A reportagem do Leiagora tentou contato com o senador Jayme Campos, no entanto, ele não retornou o contato. O espaço segue aberto para manifestações.
Fonte: leiagora