O senador (MDB-SP) utilizou recursos da cota parlamentar para custear refeições luxuosas durante o recesso parlamentar, entre 27 de dezembro e 9 de janeiro. Em 13 dias, os gastos chegaram a R$ 5,1 mil, e incluíram refeições sofisticadas e despesas com combustível, conforme informou o Metrópoles.
No dia 3 de janeiro, um restaurante à beira-mar na praia da Almada, em Ubatuba (SP), cobrou R$ 1,1 mil por duas porções de camarão na moranga, lula à dorê, batatas fritas, água e refrigerante. Poucas horas depois, por volta das 19h, outro estabelecimento registrou uma conta de R$ 369, com 11 esfirras, sete quibes, cinco sucos naturais, uma cerveja e uma caipirinha de cachaça.
Outras refeições refinadas também entraram na prestação de contas do senador. Entre elas, cambucu de estrelas por R$ 313, palmito assado por R$ 70, além de sushis e diferentes tipos de peixes, como o abadejo.
Os registros indicam que verba pública também foi utilizada para compras de supermercado e combustível. Em 28 de dezembro, uma nota fiscal incluiu pão de forma, pão francês e iogurte, o que totalizou R$ 103. Já os abastecimentos de veículos somaram R$ 1,7 mil, distribuídos em cinco notas fiscais.
O proíbe o uso da cota parlamentar para bebidas alcoólicas, mas os demais valores foram apresentados na prestação de contas de Giordano.
Por meio da assessoria de imprensa, Giordano declarou que mantém um dos mandatos mais econômicos do Senado. Segundo ele, é o senador paulista que menos utilizou a cota parlamentar nos últimos anos.
“Ao longo do seu mandato, o senador Giordano figura como o senador paulista que menos utilizou cota de recursos parlamentares nos últimos anos”, disse a assessoria do parlamentar ao Metrópoles. “Logo, reiteramos que todas a prestação de contas apresentadas estão perfeitamente de acordo com as normas impostas pelo Senado Federal.”
O parlamentar assumiu o cargo em 31 de março de 2021, depois do falecimento de Major Olimpo (PSL), vítima de covid-19. Antes disso, Giordano era suplente e atuava como empresário na zona norte de .
Embora não esteja entre os senadores que mais gastam, Giordano destinou recursos acima da média para alimentação e combustível. Em 2023, utilizou R$ 299 mil da cota parlamentar, sendo 75% desse valor destinado a esses dois tipos de despesa. Para comparação, a média entre os parlamentares para alimentação e combustível é de 24%.
Os registros apontam que, no ano passado, Giordano gastou R$ 145,4 mil para abastecer quase 25 mil litros de combustível. Esse volume permitiria dar cinco voltas ao redor da Terra ou cruzar o Brasil, do Oiapoque ao Chuí, 45 vezes.
Os abastecimentos ocorreram em 21 postos diferentes, com R$ 69 mil destinados ao Auto Posto Mirante, na zona norte de São Paulo, sua base eleitoral. Outros R$ 66 mil foram pagos ao Auto Posto Irmãos Miguel, localizado em Morungaba, a cerca de 480 quilômetros da capital paulista.
Fonte: revistaoeste
