O Senado Federal decretou sigilo de cem anos sobre os registros de entrada de lobistas, incluindo representantes de gigantes como , e empresas de apostas. A decisĂŁo veio depois de solicitação de informaçÔes do portal MetrĂłpoles sobre intermediadores, como Marcelo Lacerda, Murillo Laranjeira e JĂșlio Iglesias Hernando.
A Casa Legislativa justifica a negativa do pedido baseada na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). AlĂ©m disso, tambĂ©m usou argumento da Lei nÂș 12.527/2011, que regulamenta a Lei de Acesso Ă Informação (LAI).
De acordo com a resposta oficial dada ao portal, âos dados solicitados consistem em informaçÔes de carĂĄter pessoal, haja vista se referirem a pessoa natural identificada, submetendo-se aos regramentos dos artigos 55 e seguintes do Decreto nÂș 7.724, de 16, de maio de 2012â.

Na CĂąmara dos Deputados, essas informaçÔes estĂŁo disponĂveis, em contraste com a postura do Senado. A Ouvidoria do Senado informou ao portal que nĂŁo Ă© possĂvel recorrer da decisĂŁo sob a LAI, a menos que faça um novo pedido com menção ao protocolo anterior.
A Casa também negou o acesso aos registros de visitantes do gabinete do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O argumento é que a divulgação comprometeria a segurança institucional e pessoal. Além disso, citou o direito à intimidade e à vida privada, conforme a LGPD, e a imunidade parlamentar.
Apesar desse posicionamento, outros senadores liberaram o acesso aos seus registros via LAI â o que mostra divergĂȘncias dentro da instituição. O presidente Rodrigo Pacheco nĂŁo se manifestou sobre o sigilo dos registros de seu gabinete.
Fonte: revistaoeste