Roveri admitiu que o Estado ainda falha em impedir os assassinatos de mulheres, mas destacou é uma pauta que precisa da união da sociedade para ser discutida. O secretário focou nas ações sociais do estado de apoio às vítimas e não falou muito sobre a autação das forças de segurança. Isto porque, segundo ele, 80% dos casos ocorrem dentro de casa e
“Não temos como ter segurança pública dentro de todos os lares”.Sobre os programas sociais, Roveri diz que o governo oferta atendimento e acolhimneot às vítimas que denunciam. “Fazemos muito atendimento, defesa e acolhimento às mulheres, mas infelizmente ainda acontecem esses crimes covardes. Quase 80% dos feminicídios ocorrem dentro de casa. Isso cabe conscientização e o governo faz parte desta conscientização com o Ser Família Mulher, que acolhe, capacita, concede o aluguel social para que a mulher possa romper o ciclo de violência. O que temos que fazer é esse acolhimento, que se inicia na segurança e se estende nos programas sociais”, declarou.
O secretário ainda faz um apelo ás vítimas. “Conclamo que todas as mulheres: denunciem”, declarou, lembrando dos números que podem ser usados para as denúncias como um 190, o 197, o 181. “São canais disponíveis para todo tipo de crime”, declarou.
Apesar do cenário de alta letalidade, o secretário reforçou que o problema ultrapassa a atuação policial. “É um problema social. A segurança tem que atuar, mas a solução precisa ser buscada em conjunto com a sociedade.”
Ele também mencionou a nova lei de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD), que amplia a pena para feminicidas, e cobrou a imprensa. “São 40 anos de pena, com progressão só depois de 22. Essa pessoa vai ficar, pelo menos, 22 anos sem matar outra mulher. A imprensa tem que ajudar a divulgar isso”, disse.
Mesmo com leis mais duras e programas sociais, os feminicídios seguem crescendo no estado. Mato Grosso continua sendo o estado mais perigoso para mulheres do Brasil, ao se manter na liderança entre as demais federações do país, com taxa de 2,5 mortes a cada 100 mil habitantes, muito acima da média nacional de 1,4 mortes a cada 100 mil habitantes.
O dado é apontado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nessa quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Com base nas amostras referentes a 2024, ao todo, 47 mulheres foram vítimas de feminicídio em solo mato-grossense, das quais apenas uma tinha medida protetiva contra o algoz.
Só no primeiro semestre deste ano, 28 mulheres foram mortas em Mato Grosso. Mais da metade que no ano passado.
Vídeo | Secretário faz apelo às vítimas e diz que feminicídios é uma questão social pic.twitter.com/K4sy2G3ObQ
— Leiagora Portal de Notícias (@leiagorabr) July 25, 2025
Fonte: leiagora