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Seciteci realiza curso online sobre identificação de gramíneas nativas do Pantanal

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Seciteci promove workshop e treinamento de identificação de gramíneas nativas do Pantanal - O programa desenvolve dois importantes projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos do bioma Pantanal para a geração de emprego e renda

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci-MT) realizou, nesta terça-feira (9.12,) uma aula teórica do projeto Bioeconomia do Pantanal Norte. O workshop foi realizado na sede da secretaria, em Cuiabá, para representantes das organizações envolvidas no projeto.

O programa desenvolve dois importantes projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos do bioma Pantanal para a geração de emprego e renda: a produção de gramíneas nativas para pastagens de gado e manejo sustentável do cambará.

O workshop foi apresentado por José Montenegro Valls, especialista taxonomista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Juntamente com Sandra Aparecida Santos, que trabalhou durante mais de 30 anos na Embrapa Pantanal de Corumbá. Os dois são especialistas na identificação dos capins do bioma.

Júlio Martinez, professor do curso de zootecnia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Campus Pontes e Lacerda, explica que existe um problema com esses capins por conta do regime de chuvas e alagamentos, onde o gado tem tido cada vez menos forragem para pastejo e isso tem trazido alguns transtornos para cadeia da produção de corte na região. 

“O objetivo desse grupo de pesquisa é viabilizar novamente esses campos nativos como forma de manter as forrageiras para os animais. Assim como, nós vislumbramos a possibilidade de desenvolver melhorias genéticas nos capins para que eles sejam mais persistentes, produzam mais em termos de quantidade e em qualidade”, afirmou o professor.

O treinamento faz parte da segunda fase do projeto, onde os participantes puderam estudar teoricamente para nesta quarta-feira (10) irem a campo visitar o campo agrostológico (área de demonstração e cultivo dessas espécies em canteiros para fins de ensino, pesquisa e difusão de conhecimento), coletar mais gramíneas e avançar no diálogo com os criadores de gado pantaneiro.

“A gente precisa aprender com essas pessoas. Essas comunidades estão lá há 300 ou 400 anos convivendo com o meio-ambiente. Precisamos entender como é que eles fazem a conservação dessas gramíneas e o manejo para que a possamos criar um protocolo que irá facilitar a vida dessas pessoas”, ressaltou o professor Sandro Sguarezi, coordenador do programa. 

Segundo o coordenador, está na hora de olharmos mais para o Pantanal e para as experiências das pessoas que lá vivem. “A importância do projeto é que ao se desenvolver um protocolo de manejo se cria uma certa segurança jurídica. Além de melhorar a qualidade das pastagens, a produção, a produtividade, e consequentemente a renda das pessoas e a vida das famílias”, finalizou Sandro.

*Com supervisão de Beatriz Passos

Fonte: mt.gov.br

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