Política

Russi critica moção de repúdio de Dilemário a AL: Como seria discutir ‘Câmara dos Horrores’?

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O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), criticou a moção de repúdio aprovada na Câmara de Cuiabá contra o deputado Lúdio Cabral (PT) e outros 12 parlamentares, após a derrubada do veto do governador Mauro Mendes (União) sobre o funcionamento dos chamados “mercadinhos” em presídios.

Para Russi, o episódio tem motivações eleitorais e revela uma tentativa de autopromoção por parte de vereadores que pretendem disputar vaga na Assembleia em 2026, principalmente pelo autor da proposta, o líder do prefeito Abilio Brunini (PL) no parlamento, Dilemário Alencar (União).
“Sinceramente, eu acho que é mais um movimento político. Tem muitos vereadores, veja quantos vereadores lá vão disputar a Assembleia no próximo ano. O que fez o requerimento, inclusive, é candidato novamente a deputado. Disputou algumas eleições, não teve a oportunidade de ser eleito, não teve a oportunidade de estar na Assembleia, e está procurando, e vai procurar todos os argumentos e formas possíveis para desmerecer quem está na Assembleia e para se promover”, ressaltou.
Max também destacou que a moção não reflete unanimidade na Câmara e criticou a postura de quem, segundo ele, prefere pautas sensacionalistas em vez de focar nas reais necessidades de Cuiabá.
“Lógico que foi só por 14, parece 14 vereadores, não foi a unanimidade da Câmara, não foi a maioria, então ali tem bons vereadores, mas tem vereadores que gostam dessas pautas. Seria muito… Já pensou se começasse a discutir Câmara dos Horrores aqui? Não é a nossa forma, nós queremos o poder legislativo municipal, a Câmara de Vereadores fortalecida, forte, votando os projetos para Cuiabá, para a população, cuidando da limpeza da cidade, cuidando dos buracos da cidade, trabalhando essas ações importantes, abrir o hospital infantil para Cuiabá”, disse.
Sobre o veto derrubado na Assembleia, o presidente defendeu que a proposta não autoriza venda de itens supérfluos, mas sim de produtos básicos de higiene, ressaltando que o Legislativo estadual vai fiscalizar com rigor o cumprimento da medida.
“A Assembleia não liberou venda de nada supérfluo dentro do presídio, muito pelo contrário. A Assembleia deu uma autorização que possa se vender o necessário. O que é o necessário? Um sabonete, uma pasta de dente, um absorvente por uma mulher. Mas tem gente que acha que não, que a mulher tem que ficar lá sem o absorvente, tem que ficar lá sem escovar os dentes, sem usar o sabonete”, destacou.
Max ainda reforçou que não se trata de “passar pano” para criminosos, mas de garantir o mínimo aos que estão sob custódia do estado.
“Nós temos crimes bárbaros e que a gente talvez gostaria que tivesse uma pena de morte ou algo nesse sentido, porque realmente são pessoas que não poderiam nem ir para cadeia, mas nós temos pessoas lá que talvez já aconteceu de pessoas serem julgadas de forma injusta. (…) Agora, nós vamos segregar isso e não dar o mínimo?”, questionou.

 

Fonte: Olhar Direto

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