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Rompimento entre Elon Musk e Donald Trump: Descubra os 4 Motivos por Trás da Conflito

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O relacionamento entre Elon Musk e Donald Trump, que já foi visto como uma aliança improvável, mas estratégica, parece estar ruindo de forma definitiva. A tensão entre os dois bilionários ganhou os holofotes após um post ácido de Musk na rede social X (antigo Twitter), em que ele chamou o projeto de lei proposto por Trump de “uma abominação perturbadora”.

Embora ainda existam vozes próximas a ambos que tentam minimizar o atrito, fontes da Axios apontam que o desgaste é real — e profundo. A seguir, destrinchamos os quatro principais motivos que teriam selado o afastamento entre dois dos homens mais poderosos dos Estados Unidos.

1. Projeto de lei que fere interesses da Tesla e de Musk

O estopim da crise teria sido o projeto de lei apelidado por Trump de “One Big Beautiful Bill Act”, uma proposta bilionária que, segundo Musk, compromete de forma irresponsável o orçamento americano. Em sua postagem pública, Musk detonou: “Este projeto é uma abominação irritante. O déficit orçamentário já está em US$ 2,5 trilhões. Isso vai esmagar a classe média”.

Mas o atrito vai além das críticas econômicas. A nova lei prevê o corte de incentivos fiscais para veículos elétricos, uma medida que prejudica diretamente empresas como a Tesla, carro-chefe de Musk. Isso gerou revolta, já que a Tesla investiu fortemente em lobby no Congresso — gastando pelo menos US$ 240 mil para tentar defender seus interesses.

Nos bastidores, comenta-se que Musk chegou a apoiar discretamente alguns pontos da lei, esperando uma contrapartida positiva para seus negócios. Mas, sem sucesso, acabou rompendo o silêncio com um ataque público, algo que irritou profundamente o ex-presidente.

2. A disputa no DOGE e a saída forçada de Musk

Musk, embora não tivesse cargo formal, exercia influência como “funcionário especial do governo” dentro do Departamento de Eficiência do Governo (DOGE), braço consultivo da Casa Branca. Seu papel, ainda que informal, lhe dava espaço em reuniões e discussões estratégicas sobre inovação, tecnologia e infraestrutura.

No entanto, o novo projeto de lei impôs um limite de 130 dias para consultorias não remuneradas, forçando a saída de Musk. Fontes da Casa Branca afirmam que ele tentou permanecer no cargo, mas foi vetado por aliados próximos de Trump.

O bilionário já vinha enfrentando resistência interna, principalmente de figuras do alto escalão republicano, como o Secretário de Transportes, Sean Duffy, e o Secretário de Estado, Marco Rubio. Segundo relatos, Musk entrou em conflito direto com ambos durante reuniões recentes, defendendo propostas que desagradaram ao núcleo duro do governo.

3. Conflito por influência no controle do espaço aéreo

Outro ponto de tensão envolve o projeto Starlink, rede de satélites operada pela SpaceX, empresa de Musk. Ele teria proposto que o sistema fosse adotado pela Administração Federal de Aviação (FAA) para modernizar o controle do tráfego aéreo americano.

No entanto, a FAA recusou, alegando conflito de interesses e falta de maturidade tecnológica do sistema. Para Musk, o veto foi um golpe estratégico — e ele acredita que houve interferência direta de membros do governo Trump para impedir o avanço do projeto.

A rejeição pública à ideia de Starlink dominar o sistema aéreo nacional teria gerado irritação interna em Musk, que enxerga a medida como uma tentativa de limitar sua influência e poder de barganha com as agências reguladoras.

4. O caso NASA e a exclusão de um aliado de Musk

O ponto final, segundo fontes, foi a retirada da candidatura de Jared Isaacman para assumir um cargo administrativo na NASA. Isaacman é aliado próximo de Musk e já participou de missões espaciais financiadas pela SpaceX.

A decisão de vetar Isaacman teria partido diretamente de Trump após pressão interna. A justificativa oficial seria uma doação feita por Isaacman ao Partido Democrata anos atrás. Contudo, insiders políticos revelam que o verdadeiro motivo foi a influência do diretor do Escritório de Pessoal Presidencial, Sergio Gor, que teria se desentendido com Musk em reuniões anteriores.

De acordo com uma fonte ligada à Casa Branca, o momento em que Sergio Gor disse a Musk para “cair fora” foi simbólico: “Ali, Musk percebeu que não era mais bem-vindo no círculo íntimo de Trump”.

Musk está “muito quebrado”

Apesar das tentativas de ambos os lados de minimizar a crise, o clima de mágoa é evidente. Uma das fontes ouvidas pela Axios declarou: “Elon está muito quebrado. Ele esperava mais lealdade depois de tudo que ofereceu ao governo”.

Por outro lado, Trump estaria incomodado com as críticas públicas e a “sabotagem digital” promovida por Musk, principalmente nas redes. Mesmo assim, há quem diga que os dois ainda mantêm um canal de diálogo aberto, mesmo que distante.

A ruptura, ainda que parcial, mostra como alianças políticas nos bastidores de Washington podem ser frágeis — mesmo entre bilionários com interesses aparentemente alinhados.

O fim de uma aliança poderosa?

O rompimento entre Elon Musk e Donald Trump é mais do que um desentendimento pessoal. É reflexo do choque entre ambições políticas, interesses corporativos e egos gigantescos. Com a eleição presidencial americana no horizonte e Musk cada vez mais vocal sobre suas posições políticas, os próximos meses prometem ainda mais reviravoltas.

Enquanto isso, a comunidade empresarial e tecnológica observa de perto. Afinal, quando duas figuras tão influentes entram em rota de colisão, os impactos podem reverberar do Vale do Silício à Casa Branca.

Fonte: cenariomt

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