Mesmo após quase duas décadas, continua sendo um fenômeno cultural. A história de amor entre segue atraindo novos fãs, seja por nostalgia ou pela curiosidade de quem a descobre nas redes sociais. Mas, apesar do sucesso, nem tudo na adaptação cinematográfica agradou aos próprios envolvidos na produção — incluindo , que detestava uma das cenas mais famosas do primeiro filme.
A sequência em questão é aquela em que Edward mostra a Bella como sua pele brilha sob a luz do sol. O momento, que no longa-metragem serve para provar que ele é um vampiro, é considerado por Pattinson um dos mais constrangedores de toda a saga. No entanto, ironicamente, a cena acabou se tornando uma das mais icônicas da série, repetida, parodiada e referenciada até hoje.
Conhecida pelos fãs como a cena da “pele de um assassino” (“skin of a killer”), o trecho é fundamental para a trama: é quando Bella confirma suas suspeitas sobre Edward e o confronta pela primeira vez. Em vez de fugir, ela reage com serenidade — algo que o vampiro considera incompreensível. “Eu sou o predador, o caçador, e você deveria estar fugindo de mim”, diz o personagem antes de revelar o brilho de sua pele.
A reação do público, no entanto, foi bem diferente do que a história sugeria. A aparência reluzente de Edward, que deveria causar medo, foi vista como algo bonito e até romântico, reforçando o aspecto idealizado do personagem. O contraste entre o que o roteiro pretendia e como a cena foi recebida fez dela um marco da cultura pop.
A cena de Edward Cullen revelando a pele brilhante ao sol foi diferente no livro
Curiosamente, essa passagem é bem diferente do que acontece no livro de . Na obra, a revelação não ocorre na floresta, mas dentro do carro de Edward, durante a volta de um passeio. Lá, a conversa entre os dois é mais contida, sem a demonstração física da pele brilhante — algo que ele promete mostrar “em outro momento”. O brilho, descrito por Bella como se fosse “cheio de diamantes, branco como mármore”, tinha no texto uma conotação mais sombria: um lembrete de que os vampiros eram seres de pedra, quase indestrutíveis.
A versão do cinema, por outro lado, optou por enfatizar o aspecto visual e o romance, deixando de lado explicações mais detalhadas sobre o mito dos vampiros no universo da saga. Essa escolha ajudou o filme a se tornar um sucesso entre o público jovem, ainda que tenha afastado parte dos leitores que esperavam uma abordagem mais complexa do mundo sobrenatural.
Mesmo assim, a “cena do brilho” permanece como um dos maiores símbolos de Crepúsculo e um exemplo de como algo odiado nos bastidores pode se transformar em um fenômeno cultural duradouro. Hoje, o momento que Robert Pattinson gostaria de esquecer continua sendo celebrado, debatido e recriado, reafirmando o poder de uma das franquias mais marcantes dos anos 2000.
Fonte: adorocinema
