O avanço do calor extremo no Rio de Janeiro levou o governo estadual a estruturar uma força-tarefa com ações integradas em diversas áreas, com foco especial na saúde. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) receberam reforço de equipes para acelerar o atendimento de pessoas com sintomas associados às altas temperaturas.
Durante coletiva sobre as medidas adotadas, a secretária estadual de Saúde, Cláudia Mello, destacou que o período do réveillon exige atenção redobrada devido ao aumento da circulação de pessoas na cidade.
Hidratação
Entre as principais ações está a ampliação da hidratação da população, iniciativa conduzida pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). Desde o início da operação, a companhia intensificou a distribuição de água e gelo em pontos estratégicos.
No domingo (28), foram distribuídos 15 mil litros de água e 3,4 toneladas de gelo em praias como Leme, Copacabana, Arpoador, Ipanema e Leblon. Pontos de hidratação também foram instalados em terminais de transporte na Central do Brasil, Bangu, Campo Grande e Madureira, áreas de grande circulação e consideradas ilhas de calor.
Segundo o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, a estratégia deve ser expandida para outros municípios, como Nova Iguaçu.
A Secretaria de Estado de Saúde também instalou bebedouros em unidades de saúde, liberados para pacientes e para qualquer pessoa que esteja nas proximidades.
De acordo com a pasta, foi adotado um protocolo específico de classificação de risco e manejo clínico para pacientes com sintomas relacionados ao calor.
Entre os principais registros nas UPAs estão náuseas, dor de cabeça, elevação da temperatura corporal, tontura, pulso acelerado, taquicardia, distúrbios visuais, desidratação, insolação, respiração rápida e confusão mental.
Cláudia Mello informou que estudos da secretaria apontam o dia 18 de novembro de 2023 como o de maior número de óbitos associados ao calor extremo. Até o momento, porém, não há registros de mortes vinculadas à atual onda de calor, embora a possibilidade não seja descartada em análises futuras.
A força-tarefa inclui ainda monitoramento meteorológico, emissão de alertas, reforço da segurança nas praias, vigilância ambiental e ações voltadas a grupos vulneráveis. No centro da capital, teve início o atendimento específico à população em situação de rua.
O secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, afirmou que o objetivo é garantir prevenção e resposta rápida diante da previsão de uma onda severa de calor até o início de janeiro.
Desde o início da Operação Verão, em 19 de dezembro, o Corpo de Bombeiros já resgatou mais de 19 mil pessoas do mar em todo o estado, sendo cerca de 13 mil apenas na capital. A operação conta com drones equipados com alertas sonoros e 38 postos móveis de guarda-vidas. No mesmo período, 3,1 mil crianças foram localizadas após se perderem nas praias.
Segundo a Defesa Civil, mais de mil bombeiros atuam de forma reforçada ao longo do litoral fluminense. A orientação em casos de crianças desaparecidas é procurar imediatamente um posto de guarda-vidas, além do uso de pulseiras de identificação com telefone do responsável.
Abastecimento
Apesar do aumento do consumo no verão, a Cedae afirma que não há risco de desabastecimento de água. O Sistema Guandu, principal responsável pelo fornecimento no estado, opera normalmente. A única restrição registrada ocorre no sistema de Acari, compensada pela produção do Guandu.
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Fonte: cenariomt






