O Balneário do Matrinxã fica em São José do Rio Claro, interior de Mato Grosso, onde Giovana morou entre os seis e 17 anos. Por isso, considera que a participação no concurso não é apenas uma excelente vitrine para o aluno que está ingressando no mercado de trabalho, mas também uma forma de visibilidade técnica e pessoal.
O projeto inclui área de camping, praça, espaço esportivo, decks, ciclovias, trilhas e tirolesa, além de edifícios e equipamentos para garantir conforto e diversão. A infraestrutura utiliza materiais sustentáveis e tecnologias ecológicas, como painéis solares e pavimento permeável, que ajuda na captação de água da chuva, reduzindo os efeitos da impermeabilização do solo.
“Foi uma oportunidade de mostrar o potencial transformador da arquitetura para melhorar a vida das pessoas, além de inspirar outros jovens profissionais a valorizarem suas origens. Além disso, ele destaca talentos e ideias inovadoras, enquanto aproxima os futuros profissionais de empresas e instituições, valorizando projetos que tenham relevância prática e social.”, completa.
A presidente do CAU/MT reitera que o concurso busca estimular o conhecimento, o uso de processos criativos e a difusão das melhores práticas em Arquitetura e Urbanismo, além de fomentar, aproximar e inserir as questões da boa formação profissional, em face da regulamentação do exercício da atividade profissional e da arquitetura e urbanismo no Mato Grosso.
Considerando a subutilização e o estado atual da infraestrutura, Giovana conta que um dos maiores desafios foi o planejamento da revitalização, devido à grande extensão da área.
“Foi necessário equilibrar a preservação ambiental com a criação de um espaço funcional, inclusivo e atrativo para a comunidade e os turistas”, conta. Com o objetivo de criar um espaço com usos múltiplos, preservando o meio ambiente, tirando partido das áreas abertas existentes e valorizando a paisagem local, foi criada uma praça central que integra diversos equipamentos e conecta as demais áreas, proporcionando também acesso à piscina natural.
A educação ambiental também é parte inclusa no projeto. Ele prevê oficinas para conscientizar sobre a importância da conservação dos recursos naturais e da biodiversidade local. Foram estipulados materiais ecológicos para a construção, e um edifício ambiental para promover a educação sobre preservação.
Para atender à demanda energética, o trabalho conta com 50 placas fotovoltaicas instaladas na marina, gerando 2.700 kWh por dia. Além disso, existem pavimentos permeáveis, conhecidos como pavers, que serão utilizados nas calçadas e áreas de circulação, ajudando na captação da água da chuva e reduzindo o risco de enchentes.
“O balneário também contará com eventos culturais e festivais ao longo do ano, tornando-se um ponto de encontro vibrante para a comunidade local e turistas, oferecendo uma experiência integrada de lazer, cultura e sustentabilidade”, finaliza Giovana.
Fonte: Olhar Direto
