O resultado marca o quarto mês consecutivo de queda e representa o menor índice já observado em 27 anos. Em outubro, o estado contabilizou 1.410 focos de calor — abaixo do recorde anterior, de 1.548, registrado em 2022, e 63% menor que o total de 3.814 focos verificados no mesmo mês de 2024. A redução mais expressiva ocorreu no Pantanal, que passou de 1.725 focos, em outubro do ano passado, para apenas 75 em 2025.
Segundo o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes, o resultado reflete a aplicação estratégica dos investimentos no combate aos incêndios florestais. “Embora pareça um ano mais chuvoso, os dados meteorológicos mostram que 2025 teve precipitação abaixo da média. A diferença está na constância e na qualidade das ações: prevenção, preparação, resposta e responsabilização”, afirmou.
O oficial destacou que o trabalho integrado entre instituições, o monitoramento contínuo e o engajamento da população foram determinantes para o resultado. Somente neste ano, mais de 800 horas de voo foram realizadas em operações aéreas de combate e reconhecimento, além de centenas de ações terrestres conduzidas por forças estaduais, com apoio da sociedade civil e do setor produtivo.
O Governo de Mato Grosso investiu R$ 125 milhões em 2025 nas ações diretas contra incêndios e desmatamento ilegal. O aporte permitiu a atuação em tempo real de 1.420 bombeiros, brigadistas e equipes de apoio, com uso de monitoramento inteligente 24 horas. A plataforma própria do Corpo de Bombeiros Militar, premiada nacionalmente, integra dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), autorizações de queima controlada, imagens de satélite e informações meteorológicas.
Além disso, as operações Infravermelho e Abafa Amazônia reforçaram o combate ao uso irregular do fogo, resultando em R$ 285 milhões em multas e na responsabilização de infratores.
“O desafio ainda não terminou”, ressalta o tenente-coronel Marcondes. “Nosso compromisso é proteger vidas e o equilíbrio ambiental. Os resultados mostram que, com estratégia, união e ciência, é possível mudar essa realidade.”
Fonte: leiagora






