Um relatório contundente concluiu que o estaria “deliberada e sistematicamente” utilizando civis da como escudos humanos. O objetivo é usar as mortes para fins de propaganda. O grupo terrorista foi responsável por um ataque violento a Israel em 7 de outubro de 2023. O massacre resultou na morte de 1.200 israelenses e no sequestro de 251 pessoas.
Desde então, a ofensiva militar israelense deixou até 50 mil mortos, conforme autoridades palestinas. Os números e as causas das mortes, contudo, não têm mensuração de forma independente. Israel recebe críticas por uma eventual reação desproporcional, enquanto o Hamas responde por negligenciar soluções em debates internacionais.
Andrew Fox, pesquisador da e ex-major do Regimento de Paraquedistas britânico, falou ao jornal Daily Express. Disse que o estudo representa “o capítulo ausente em todas as declarações da ONU, em todos os relatórios de ONGs e em toda narrativa midiática que ignorou como o Hamas transformou civis em armas”.
Veterano de três missões no Afeganistão, Fox acredita que o Hamas deseja que “o maior número possível de palestinos morra” e que teria criado “armadilhas de morte” para milhões de pessoas de forma intencional.
Salo Aizenberg, coautora do estudo e pesquisadora especializada em viés midiático e análise de vítimas civis, afirmou que o grupo terrorista atua em múltiplas frentes, inclusive na guerra de narrativas. “Essa guerra não se deu apenas com foguetes. Ela travou-se com lentes de câmeras e contagens de mortos”.
Conforme Aizenberg, ao ignorar a estratégia do Hamas de borrar a distinção entre combatentes e civis, parte significativa da opinião pública global se tornou “cúmplice involuntária” do plano do grupo. Desde o início da ofensiva militar israelense em Gaza, protestos em apoio aos palestinos têm se espalhado por cidades da Europa e América do Norte, expondo o desequilíbrio entre as críticas dirigidas a Israel e a ausência de responsabilização do Hamas.
Fonte: revistaoeste