A memória puxa pela cozinha, né? Se você já foi no Ceará e teve a oportunidade de provar essa delícia, sabe bem do que eu tô falando. Hoje a receita é creme de galinha cearense, pra comer suspirando.
O preparo original é passado entre as famílias dessa terra tão rica e agora você vai aprender em detalhes o segredo desse prato, que vai virar presença frequente na sua mesa, tenho certeza!
Receita tradicional de creme de galinha cearense
Ingredientes
- 1 galinha caipira (ou frango inteiro grande), cortada em pedaços
- 2 colheres (sopa) de óleo ou banha
- 1 cebola grande bem picada
- 4 dentes de alho amassados
- 1 tomate grande picado (sem sementes)
- 1 pimentão pequeno picado (opcional, mas tradicional)
- Sal a gosto
- Pimenta-do-reino a gosto
- Cheiro-verde picado
- Água quente quanto baste
- 1 a 2 colheres (sopa) de farinha de mandioca ou arroz cozido (para dar liga, escolha um)
Modo de preparo
- Antes de tudo, comece aquecendo o óleo numa panela grande e de fundo grosso. Assim que estiver quente, entre com a cebola e deixe suar até ficar translúcida.
- Logo após, acrescente o alho e mexa só até perfumar. Nada de deixar escurecer.
- Junte então os pedaços da galinha, tempere com sal e pimenta e mexa bem, deixando dourar levemente de todos os lados. Esse passo ajuda a construir o sabor do caldo.
- Em seguida, entre com o tomate e o pimentão, misture e deixe refogar até o tomate quase se desfazer.
- Cubra com água quente, tampe parcialmente e cozinhe em fogo médio até a galinha ficar bem macia, quase se soltando do osso.
- Retire os pedaços, desfie a carne e volte tudo para a panela.
- Agora vem a liga: dissolva a farinha de mandioca em um pouco do próprio caldo ou bata o arroz cozido com uma concha do caldo. Incorpore aos poucos, mexendo sempre.
- Por fim, ajuste o sal do seu creme de galinha cearense, finalize com cheiro-verde e deixe ferver alguns minutos, até atingir uma textura cremosa, mas ainda fluida.
Qual é o ponto certo do creme de galinha cearense?
O creme de galinha cearense não é ralo demais, mas também não vira massa. Ele precisa envolver a colher e escorrer com calma, formando um fio mais grosso.
Entenda sinais práticos para não errar:
- Movimento da panela: quando você mexe, o fundo aparece por um segundo e logo se cobre de novo.
- Som do cozimento: borbulha de forma tranquila, sem “estalos” de coisa grossa demais.
- Teste da colher: mergulhou, levantou, escorreu devagar? Tá no caminho. Se cai em bloco, passou do ponto.
- Na boca: deve ser aveludado, sem sensação de farinha crua ou grãos soltos.
Agora, se o creme de galinha cearense engrossou além do que você queria, calma. Dá pra ajustar. Acrescente caldo quente aos poucos, mexendo sempre.
Já se ficou ralo demais, deixe ferver mais alguns minutos, sem tampa, observando. O espessamento acontece rápido nessa fase.
Um erro comum é achar que o creme só firma quando esfria. Ele até encorpa um pouco depois, sim, mas não resolve exagero. Por isso, o ideal é desligar o fogo quando ainda estiver um pouquinho mais solto do que o ponto final desejado. Depois de descansar, ele chega lá.
O que servir com creme de galinha cearense?
Essa pergunta tem muitas respostas possíveis, e a boa notícia é que todas elas são deliciosas. O creme é versátil e aceita tanto acompanhamentos simples quanto versões mais “festivas”. Bora explorar?
- Arroz branco soltinho: o mais clássico e amado. Ele segura bem o creme e cria aquele combo perfeito.
- Farofa crocante: vale farofa de manteiga, de ovo ou até farofa de cenoura. A textura seca casa direitinho com a cremosidade do prato.
- Batata palha: crocante e prática, é uma das favoritas em festas. Joga por cima na hora de servir e já era.
- Pão francês ou mini pão de leite: vira tipo um sanduíche de festa, recheado com o creme. No Nordeste, é super comum.
- Salada de folhas frescas: se quiser quebrar um pouco a densidade do prato, uma saladinha leve com vinagrete simples ajuda.
Importante observar: o creme, por ser cremoso e ter sabor suave, combina melhor com acompanhamentos que tragam textura ou neutralidade. Molhos fortes ou pratos igualmente úmidos podem brigar no prato.
Na dúvida, o arroz e a farofa são dupla imbatível. Mas se quiser inovar, testa no pão ou serve em porções individuais com batata palha no topo, fica lindo e super funcional pra eventos.
Leia também:
Conclusão
Enfim, você viu como fazer um creme de galinha cearense tradicional não é difícil, né? Pegando as manhas, é muito sobre observar a panela. O ponto se mostra no cheiro, na textura e até no som do caldo fervendo. Ajustar, provar, esperar mais um pouco… tudo isso faz parte do processo.
Se fosse pra resumir em um conselho só, seria este: respeite o tempo do cozimento e não tenha pressa na liga. O creme certo se constrói aos poucos, e cada ajuste conta.
Da próxima vez, você vai perceber que já sabe quando está pronto, sem precisar pensar demais. E é aí que a tradição realmente se mantém viva, de panela em panela.
Bom apetite!
Fonte: espetinhodesucesso






