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Cinema

Quentin Tarantino aponta o grande problema do cinema dos anos 80: Bill Murray como seu maior expoente

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Depois de os anos 1970 serem dominados por uma escuridão que foi refletida nas grandes telas através do desleixo, do cinismo e da violência, Hollywood abraçou o seu lado mais brilhante na década de 1980. Nela, personagens que tendiam à luz e redenção viraram protagonistas – gerando, inclusive, uma análise feita por .

Conhecido por , Tarantino falou sobre o assunto em seu livro de 2022, Cinema Speculation. Segundo o cineasta, os anos 1980 foram responsáveis por um processo nocivo e vicioso nas televisões e nos cinemas – sobrando, inclusive, para o ator .

“Os personagens complexos e complicados dos anos setenta foram precisamente aqueles que o cinema dos anos oitenta evitou completamente. Personagens complexos não são necessariamente agradáveis. Pessoas interessantes nem sempre são legais. Mas em Hollywood dos anos 1980, tudo girava em torno da simpatia”, começou o diretor

“Se você fizesse um filme sobre um filho da puta, poderia apostar que aquele idiota veria o erro que cometeu e se redimiria nos últimos vinte minutos. Como, por exemplo, todos os personagens de Bill Murray”, acrescentou.

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Tarantino usar Murray como exemplo de fato não é uma coincidência. Os papéis do ator nos anos 1980 estiveram repletos de personagens desagradáveis e egoístas que encontravam a redenção durante o terceiro ato do espetáculo; algo que o cineasta exemplifica ao compará-lo, com muita precisão, ao caso de .

“Como Murray em deixa de ser um iconoclasta insuportável, que merece ser espancado pelo sargento Warren Oates, para motivar as tropas e planejar uma missão secreta em solo estrangeiro? Os críticos de cinema sempre preferiram Bill Murray a Chevy Chase. No entanto, na maioria das vezes, Chase ainda era o mesmo idiota sarcástico e indiferente no final do filme que era no início. Ou pelo menos sua conversão não foi o ponto principal do filme, como aconteceu em e ”, pontuou Tarantino.

O diretor de ainda conclui sua dissertação sobre o assunto deixando a seguinte pergunta:

“É verdade que, quando você não dá a mínima para os sentimentos dos outros, isso provavelmente faz maravilhas para sua sagacidade cáustica. Mas eu sempre rejeitei a ideia de que os personagens de Bill Murray precisavam de redenção. Sim, talvez ele tenha encantado [em Feitiço do Tempo], mas alguém acha que um Bill Murray menos sarcástico é um Bill Murray melhor?”

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Fonte: adorocinema

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